A produção de veículos no Brasil fechou com alta de 25,2% em 2017, informou nesta sexta-feira (5) a associação das montadoras (Anfavea). No total, foram 2.699.672 unidades feitas no ano, contra 2.156.356 veículos em 2016.
O desempenho encerra 3 anos seguidos de queda na produção de veículos brasileira e a alta foi puxada pelas exportações que marcaram o recorde histórico neste ano.
“É um número a se comemorar, mas a capacidade ociosa da indústria ainda é levada. Em caminhões, está perto de 75%”, afirma Antonio Megale, presidente da Anfavea.
De janeiro a dezembro de 2017, as montadoras enviaram 762.033 veículos para fora do país, um crescimento de 46,5%, quando comparado às 520.137 unidades de 2016. Até então, o melhor ano em exportações era 2005, com 724.163 mil unidades no total.
“Estamos em uma fase muito positiva do ponto de vista da exportação, e isso nos ajudou bastante. Existe uma preocupação grande das empresas em exportar e o país está contribuindo com acordos. Finalmente, o acordo com a Colômbia aconteceu”, afirma Antonio Megale, presidente da Anfavea.
O alto volume de exportações fez a produção aumentar mais que as vendas internas no Brasil, que subiram 9% em 2017, após 4 anos seguidos de quedas.
O nível de empregos na indústria automotiva apresentou leve alta em dezembro de 2017, com 126.696 contratados, alta de 4,6% na comparação com dezembro de 2016, quando as montadoras empregavam 121.178 pessoas.
No final de dezembro, 1.885 trabalhadores estavam afastados das atividades, sendo 949 em lay-off e 936 em PSE.
“Em março de 2016, tínhamos 38 mil pessoas em PSE e lay off. O que mostra a importância destes programas na questão de flexibilidade. Os postos de trabalho foram preservados”, explica Antonio Megale.
Apesar de ainda pouco populares no Brasil, os veículos híbridos tiveram um 3.296 emplacamentos em 2017, batendo o recorde histórico.
Para 2018, a entidade prevê um crescimento de 13,2% para a produção, o que faria as montadoras produzirem 3,5 milhões de unidades no ano. Para emplacamentos, a expectativa é de atingir 2,5 milhões de unidades, um crescimento de 11,7%, enquanto as exportações devem subir 5%, chegando a 800 mil unidades.
Fonte: G1
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