Petrobras venderá 16 campos terrestres no Recôncavo baiano

A garantia de comercialização do petróleo que deverá ser extraído dos 104 campos maduros – sendo 38 deles no Rio Grande do Norte – a serem repassados para a iniciativa privada, foi um dos principais pleitos das operadoras independentes, apresentados à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), durante a Conferência do Setor de Petróleo do Norte e Nordeste (PetroNor). Encerrado nesta sexta-feira (15) na sede do Sebrae no Rio Grande do Norte, em Natal, o evento reuniu empresários do segmento e as principais entidades da área de energia do Brasil e de países, como Canadá, Colômbia e México.

De acordo com o diretor executivo da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo (ABPIP), Anabal Costa Júnior, apenas fazer a concessão dos poços em estágio avançado de exploração não é suficiente para gerar negócios num setor onde operam cerca de 49 produtoras independentes, sendo 20 delas ligadas à ABPIP. Pelos cálculos da associação, essas empresas já investiram mais de US$ 2 bilhões em tecnologia para operar na exploração desses campos.  Na visão do diretor, as concessões exigem que o empresariado compre algo que ele não se vai conseguir vender. Ou seja, comprar o campo e não ter garantia de venda do petróleo ali explorado. A proposta é que a ANP regule os leilões, como faz com o biocombustível, cujos ganhadores só entregam o produto contratado anos depois. A empresa vencedora do leilão captaria recursos junto aos bancos para viabilizar a exploração dos poços. Esse modelo do biocombustível é um modelo que deu certo e eles querem que seja replicado para o setor de petróleo e gás.

Além da questão da garantia de venda do petróleo, as operadoras independentes têm outros 11 pleitos para fortalecimento desse segmento. Os mais urgentes são a questão do licenciamento ambiental e, principalmente, a criação de uma superintendência de campos terrestres na ANP. A programação da PetroNor envolveu debates e mesas redondas, que avaliaram o mercado de energia nas duas regiões e fizeram uma contraposição às experiências exitosas em outros países, além da questão da concessão dos campos maduros que foi o principal tema da conferência. O encerramento ocorreu com uma rodada de negócios envolvendo pequenas empresas vendedoras de produtos e serviços da cadeia produtiva do setor de petróleo e gás, assim como companhias independentes, e âncoras compradoras, entre elas empresas concessionárias de blocos exploratórios e campos produtores.

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