A professora Angela Wyse, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), foi escolhida uma das cientistas do ano no prêmio promovido pelo International Achievements Research Center (IARC). A honraria, que reconhece trabalhos em diversas áreas da ciência, vai ser entregue em maio, em Montreal, no Canadá. Wyse foi reconhecida na área de neurociência e bioquímica.
Especialista em fatores de risco para doenças cerebrais e cardíacas, a pesquisadora estuda os danos no cérebro e no coração causados pela homocisteína, uma substância produzida pelo organismo durante o processamento de alimentos de origem animal.
Com seus estudos, demonstrou que uma dieta desequilibrada, com muita ingestão de proteína, ajuda a causar doenças como Alzheimer e Parkinson.
“A ciência tem como objetivo melhorar a vida das pessoas. Ser vencedora do prêmio é uma honra não só para mim, mas para a universidade, para a sociedade e para a ciência brasileira. E é um incentivo também aos alunos. O prêmio é meu, mas o trabalho é em equipe”, comemora.
Nascida no interior de São José do Norte, na Região Sul do RS, Wyse é professora na UFRGS há 25 anos. Em 2020, ela já havia recebido o prêmio da organização canadense – tanto agora, como há quatro anos, ela foi a única brasileira na lista. Agora, é bicampeã.
Além disso, a professora – que atua no curso de Medicina e no Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas da universidade – é integrante das Academias Brasileira e Mundial de Ciências e vencedora dos Prêmios CAPES-Elsevier (2014) e Pesquisador Gaúcho (2018).
“É um incentivo aos estudantes. Se eles estão desanimados e veem um prêmio, ficam estimulados. Muitos falam que querem ser iguais a mim. Não existe país que se desenvolva sem ciência. Não só na saúde, mas social, ambiental. A ciência vai produzir conhecimento, e esse conhecimento vai ser aplicado para o avanço”, diz.