O projeto “Cenas Periféricas” vai realizar, na próxima quarta-feira (4), um evento com atividades que integram o universo hip-hop, como break, rima, grafite e música, no Teatro de Arena da Cidade da Esperança, na Zona Oeste de Natal.
A programação acontece a partir das 19h no canal do Youtube de Diniz K9. Entre as atrações estão: Alê du Black, CazaSuja, Mano Edu, Pretta Soul, Diniz K9, DJ Samir. A programação também vai contar com batalha de rima e oficina de break.
O projeto tem como objetivo dar vez e voz para as ações culturais periféricas, e escolheu como palco o Teatro de Arena, também conhecido como “Rodinha do Padre”, pela importância histórica e cultural do espaço.
Além das ações culturais, o projeto também promoveu a revitalização do espaço, com reparos na alvenaria, reforma do muro, pintura, mutirão de grafite e a construção de uma pista de acessibilidade no local.
“Minha família sempre foi envolvida com o Teatro de Arena. O espaço sempre foi bastante frequentado desde uma geração passada, e chegou até mim de forma intrínseca, não só por fazer parte do bairro historicamente, mas por ser um espaço cultural que acabei me envolvendo desde criança”, disse Diniz K9, idealizador do projeto e morador do bairro.
Essa é a primeira edição do “Cenas Periféricas”. A ideia dos idealizadores é estender o projeto para outras comunidades.
“Eu acredito que o Cenas da Periferia é um projeto que valoriza e traz uma olhar para uma cena que é muito rica. A periferia pulsa, e estar realizando esse projeto fala muito sobre a nossa perspectiva de acreditar que a cultura pode transformar realidades”, disse Haylene Dantas, uma das idealizadoras do projeto.
“A gente precisa que a cultura vá onde muitas vezes as políticas públicas não chegam, onde os projetos culturais precisam estar mais presentes”.
O Teatro de Arena da Cidade da Esperança foi palco histórico para o desenvolvimento cultural da cidade do Natal, o que o tornou um símbolo do bairro. Berço de diversos movimentos culturais, nele surgiram, em 1980, os grupos teatrais “Fala Esperança” e “SOS Esperança”, compostos pelos próprios residentes do bairro.
Os grupos mobilizavam os moradores para assistir os seus espetáculos e terem contato direto com a cultura potiguar.
Fonte: G1RN