A proposta prevê a ampliação do espaço – com implantação de novos pontos próximos, além de manter a estrutura onde está o camelódromo atualmente -, a padronização e aumento no número de bancas, e uma melhoria nos quesitos de segurança, como combate ao incêndio. Além disso, visa incluir um espaço para os permissionários, com refeitório e banheiros.
Essa foi a primeira vez que o projeto foi apresentado ao Poder Público e aos próprios permissionários. Ele foi doado pela Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (AEBA) após ser idealizado e feito pela arquiteta e urbanista, Daniele Sá.
Uma reforma anterior estava sendo elaborada pela equipe da prefeitura de Natal, mas a Associação pediu para tentar elaborar um novo projeto que conseguisse aumentar – e não diminuir, como era previsto – o número de boxes. A intenção é subir de 425 para 480 comerciantes.
“A proposta principal é essa: a gente está conseguindo ampliar o camelódromo para um lugar bem próximo, que é uma reinvindicação antiga dos permissionários em dizer que não adianta eles irem para um local distante, porque ia ter que deslocar sua clientela, ia acabar com o sustento”, pontuou.
Bairro contemplado
Segundo a arquiteta Daniele Sá, que elaborou o projeto, a ideia é que boa parte do bairro seja contemplado com esse novo camelódromo. Segundo ela, o projeto foi elaborado para que “contemplasse melhorias para o bairro como um todo, sempre pensando no bem do permissionário e do usuário do bairro”.
Entre pontos principais de mudanças, estão, por exemplo, a acessibilidade do espaço e o combate ao incêndio.
“Nós redimensionamos o espaço com a quantidade que já existia hoje de bancas, com um pouquinho a mais para atender a todo mundo, planejamento na parte de acessibilidade, banheiros, espaço para refeição desses permissionários, e, principalmente, a questão da reurbanização daquele espaço que a gente chama de coração do Alecrim”, disse.
“Então vai ter um lounge aberto com espaço com árvores, trazendo iluminação, ventilação para aquele espaço, adequando toda questão legal também, no projeto de combate a incêndio, estrutural”.
O projeto agora será discutido com a prefeitura e com os próprios permissionários e pode passar por outras adaptações, caso seja necessário. Não há previsão para início de obras.
A reforma contempla todo o camelódromo da Avenida Presidente Bandeira (Avenida 2) e inclui ainda espaços na Rua Leonel Leite até a Rua Ary Parreira.
Regularização dos pontos
Segundo o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, a pasta atuou para ampliar a capacidade de ocupações e legalizações no bairro, como através do Plano Diretor de Natal, “que nós coordenamos o processo e estabelecemos uma área de requalificação urbana, que envolve Alecrim, Cidade Alta e Ribeira, dando incentivos pra quem quer fazer investimentos lá do ponto de vista do potencial construtivo”.
O secretário disse também que a pasta atuou através da regulamentação lei federal de liberdade econômica. “Agora nós estamos, através do decreto dessa regulamentação, dispensando de licenciamento ou fazendo o licenciamento autodeclaratório para 469 atividades e, dessas atividades, talvez 98% ou 99% envolvem atividades no Alecrim”.
“O que significa isso? Que é menos burocracia. É autodeclaratório. Em 48h, você obtém o seu alvará e consequentemente fica legal podendo, através desse documento, buscar ampliações, reformar e melhorar o seu empreendimento”.
Requalificação do Alecrim
O presidente da AEBA diz que a reforma busca entrar em uma sequência de obras que estão sendo realizadas para revitalização do bairro, como a obra na praça Gentil Ferreira e a reforma do Teatro Sandoval Wanderley. “Então por que não reformar o camelódromo, que é uma das ações mais urgentes do Alecrim?”, questionou.
Ele diz que a reforma é necessária também por uma questão de segurança.
“É um acidente anunciado. A qualquer momento pode acontecer qualquer coisa lá. Então, essa reivindicação é pensando em organizar aquele espaço para atender melhor nosso cliente e a gente não vir a chorar depois, como já aconteceu na Ribeira e vem acontecendo aos poucos na Cidade Alta e outros centros comerciais”, disse.
Fonte: G1RN