Cerca de 10 mil manifestantes de Belarus foram às ruas de Minsk nesse domingo (11) para protestar contra a reeleição do presidente Alexander Lukashenko. Houve prisões e repressão policial.

Os protestos têm ocorrido todos os domingos, desde 9 de agosto, quando houve a eleição. Os manifestantes acusam o presidente de ter fraudado o resultado.

Segundo a ONG Viasna, 150 pessoas foram presas. Entre elas, mais de dez jornalistas, incluindo representantes da mídia russa, também foram detidos.

A polícia bielorrussa dispersou os manifestantes com canhões de água, cassetetes e bombas de efeito moral. Foi a primeira vez que estes artefatos foram usados contra os manifestantes.

Repressão

Imagens divulgadas pelo veículo de mídia independente tut.by mostraram policiais de choque e homens encapuzados em roupas civis correndo no canteiro central de uma grande avenida na capital bielorrussa.

Os agentes são vistos prendendo brutalmente alguns manifestantes.

Convocação

A coordenação dos protestos é feita parcialmente por meio da rede social Telegram. O canal Nesta Live tem 2 milhões de assinantes, em um país com 9,5 milhões de pessoas.

Neste domingo, a convocação partiu deste grupo para se reunirem em torno do presídio e do Ministério de Interior para que “cada preso político possa ouvir” o povo.

Centenas de manifestantes, líderes de movimentos políticos, sindicatos e jornalistas foram presos desde o início de agosto e encarcerados por terem participado ou organizado a contestação. As principais figuras da oposição estão na prisão ou no exílio, como a candidata presidencial da oposição Svetlana Tikhanovskaya.

“Não importa quantas pessoas eles prendam, nós vamos sair às ruas de qualquer jeito, porque os líderes são ele, ela, todos nós”, garantiu à AFP Alexandre Starovoitov, empresário de 32 anos que se preparava para protestar.

Fonte: Agência France Press

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