Ontem à noite, depois de mais um dia de manifestações que foram repelidas pelas forças de segurança, houve protestos em vários bairros populares do leste e do oeste de Caracas, que também foram reprimidos pelos agentes policiais. O prefeito do município de Sucre, na região metropolitana de Caracas, informou nesta sexta feira que um homem morreu no bairro popular de Petare, no leste da cidade, durante os protestos contra o governo. A vítima de Sucre se soma às outras nove pessoas que morreram durante os protestos nas últimas três semanas, incluindo um agente da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada). A oposição responsabilizou as forças de segurança que reprimiram as manifestações pelas mortes, enquanto o governo do presidente Nicolás Maduro acusou o antichavismo de semear o “ódio” entre os cidadãos, o que teria causado as mortes. Além das mortes, os protestos deixaram centenas de feridos e mais de 550 detidos, dos quais 334 continuam presos, segundo a Organização Não Governamental Fórum Penal Venezuelano. A oposição convocou para hoje novas manifestações pacíficas nos mesmos bairros e centros urbanos e para amanhã convidou os venezuelanos a marcharem de forma silenciosa em homenagem aos mortos.