O depoimento do ex-ministro Antonio Palocci ao juiz Sérgio Moro, na última semana, atingiu fortemente os membros do PT e pode resultar na prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o partido, a inviabilidade eleitoral do principal líder para a cadeia frustra os planos de retornar à Presidência da República em 2018, pois não há outro nome com capital político para vencer a disputa. Assim a legenda vem buscando fortalecer o nome do ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, justamente levantando a bandeira da educação para tentar chegar à corrida presidencial, ao menos, como coadjuvante.
Apesar das negativas públicas da cúpula do partido sobre a existência de um plano B, integrantes confirmam que Haddad é uma das possibilidades para fazer com que a sigla se aproxime novamente do Palácio do Planalto. A ideia era colocar o Lula como presidente, mas, quando o cerco começou a se fechar,começou a procura de um substituto. As opções eram Jaques Wagner e Haddad. O primeiro desistiu pois está com medo das delações da OAS na Lava-Jato. Por isso Fernando Haddad tem viajado o país participando de palestras e seminários em universidades. Há ainda em curso uma tentativa de aproximação com o PSB, para viabilizar ao menos que o PT saia nas eleições como vice de alguém.