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Prestes a retomar o papel de oposição depois de 13 anos à frente do governo federal, o PT e os movimentos sociais e sindicais ligados ao partido escolheram o “Fora Temer” como possível slogan caso o Senado aprove nesta quarta-feira (11/5), a continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A decisão de desgastar o possível governo do vice-presidente, Michel Temer, porém, é considerada insuficiente, até mesmo para manter as mobilizações e a disputa política. O PT, movimentos aliados, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda estão em busca de uma bandeira propositiva, capaz de manter a unidade construída ao longo da resistência ao impeachment e, principalmente, impulsionar uma provável candidatura de Lula à Presidência em 2018.

Até a semana passada esta bandeira poderia ser a defesa de um plebiscito pela reforma política e a realização de novas eleições. Dilma chegou a escalar ministros para sondar o PT e os movimentos. A resposta foi que não havia unidade e, se Dilma decidisse levar a proposta à frente, seria por sua própria conta. “Esperamos que o governo Temer se inviabilize por ele mesmo. Enquanto isso, nestes três ou quatro meses até o julgamento do mérito pelo Senado, vamos decidir o que fazer”, disse João Paulo Rodrigues, do Movimento dos Sem Terra (MST). Segundo ele, embora já esteja desgastada, a estratégia de não reconhecer o eventual governo do vice é importante. “Não podemos correr o risco de ter setores que reconheçam o Temer ou dialoguem com o governo dele”, disse o líder do MST.

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