QUAL O SENTIDO? –
No andar da vida, algumas afirmações que escuto, deixam-me reflexivo. Uma delas diz respeito ao sentido da vida.
“Minha vida não tem sentido” é talvez uma sentença de desespero. Encerra nela toda a degeneração do espírito humano e, figurativamente, o que chamamos de último suspiro de uma esperança perdida.
Será isso, o que na linguagem popular traduz-se por “entregar os pontos”? Será o exato momento em que paramos de perceber que os sonhos – grandes ou pequenos – que tanto almejávamos já não são mais tão importantes, já não são aquilo que queríamos?
Que sentido é esse? Onde ele está?
Cada coisa, cada fato, cada vida, carrega o seu próprio sentido. Ou seja, o sentido está sempre presente. Não somos nós que criamos esses sentidos. O sentido da vida permeia na própria vida. Se assim não fosse, ficaríamos desorientados e encucados com tamanha interrogação em ficar procurando sentido naquilo que fazemos.
A realidade é autêntica. Não se pode dar-lhe sentido e sim encontrar sentido nesta realidade.
Que dizer dos diferentes agrupamentos sociais “preconceituados” pela indiferença de seres humanos – tidos como motivados – tais como, abrigos de idosos, creches de órfãos, casas de saúde mental, que aos olhos de “semelhante egoísta”, parece que o sentido da vida se perdeu em algum lugar.
Quantos dons, quantas virtudes, quantas ensinamentos ali se encerram, ofuscados apenas pela falta de oportunidade que deles subtraímos, simplesmente porque atribuímos, neles, a falta de sentido da vida.
A vida, de todos nós, é digna de ser vivida mesmo levando em conta as incertezas que os ventos direcionam a tomar decisões que antes não estavam previstas. Com certeza o direcionamento das velas, sempre que necessário, nos levarão a singrar mares dantes navegados.
Não faltarão obstáculos, não faltarão momentos difíceis, que colocarão à prova a nossa confiança em continuar lutando por aquilo que desejamos. No entanto, nunca, nunca mesmo se entregar ao movediço “falta de sentido”.
Afinal, dê chance ao “se arriscar”, tal qual o equilibrista, o marabalhista, o ilusionista, o artilheiro, o navegador, o cientista, o sopro da própria existência.
Não esqueçamos que na Sagrada Escritura, está dito que Deus tem um objetivo para tudo que ele criou, incluindo nós. Deus nos criou com uma “necessidade espiritual”, o que inclui o desejo de encontrar o sentido da vida. E ele quer que esse nosso desejo seja satisfeito.
Nós satisfazemos nossa necessidade espiritual por desenvolver uma amizade com Deus.
Aproxime-se a Deus, e Ele se achegará a você.
Exercite permanentemente o amor. O amor em tudo.
Quer ser diferente? Ame mais.
Esse é o sentido da vida.
Carlos Alberto Josuá Costa – Engenheiro Civil e Consultor (josuacosta@uol.com.br)
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