Quatro hospitais públicos do Rio Grande do Norte registraram ocupação total dos leitos de UTI para pacientes com Covid nesta segunda-feira (28), segundo dados do sistema Regula RN, usado na administração dos equipamentos.
O secretário de Saúde do Rio Grande do Norte, Cipriano Maia, confirmou que há um aumento de casos nas últimas semanas. O número de testes positivos, que já teve média de 15 por dia, passou para 700 diários. Ele reconhece, porém, que a alta também está relacionada ao aumento da testagem.
“O momento é de intensificar as ações de vigilância. Não é de alarme, não é de temor, a pandemia não tem a mesma gravidade que teve em outros momentos, mas as pessoas vulneráveis com baixa imunidade tem, sim, risco. As pessoas sem vacinação têm risco maior”, considerou.
Até esta tarde, 17 pessoas estavam na fila de espera por um leito críticos na região metropolitana de Natal e havia 10 leitos disponíveis. Segundo o sistema de regulação, em todo o estado havia 33 leitos de UTI ocupados com pessoas com Covid e outros oito com pessoas com outras doenças, 10 leitos disponíveis e sete bloqueados.
A rede estadual de saúde, que chegou a ter 418 leitos operacionais exclusivos para pacientes de Covid-19 em junho de 2021, tem cerca de 60 leitos funcionando atualmente, atendendo também pacientes com outras doenças respiratórias, como a gripe.
Os hospitais com leitos de UTI Covid lotados, segundo o Regula RN, são: Hospital dos Pescadores (com três pacientes) o Hospital Giselda Trigueiro (com 27 pacientes), o Hospital Dr. José Pedro Bezerra, com apenas um paciente e três leitos bloqueados, além do Hospital Wilson Rosado.
Cipriano Maia afirma que a Sesap vai monitorar o andamento da situação nos próximos dias para avaliar um possível aumento de leitos. Ele voltou a recomendar o uso de máscaras e a vacinação da população.
“Vamos recomendar nos eventos oficiais do governo do Rio Grande do Norte que essas medidas passem a ser compulsórias e as empresas, as outras organizações da sociedade possam também adotar o uso de máscara e a exigência da vacinação. Nós vamos manter a recomendação, esperando a responsabilidade de todos os entes”, afirmou.
Segundo o diretor do Hospital Giselda Trigueiro, André Prudente, grande parte dos internados na unidade atualmente é de pessoas que não tomaram a vacina contra a covid-19.
“Aumentou o número de internações, mas não temos uma situação como aqueles dois picos que atravessamos. Muito dos casos dos que estão internados são de pessoas que não estão vacinadas ainda. Então é importante chamar a atenção para as pessoas se vacinarem, porque aquelas que estão vacinadas, mesmo adoecendo, a maioria faz um quadro leve, não precisando de internação”, disse.
Fonte: G1RN