QUEM SOMOS NÓS? –
Qual a verdadeira cara de nossa nação? Como classificarmos o povo brasileiro? Essas e outras perguntas semelhantes decorrem do fato de nossa colonização estar atrelada a uma miscigenação peculiar de raças. Tudo começou com a composição de três grupos étnicos: europeus, indígenas e africanos.
Tal mistura de etnias nos afastou da possibilidade de criação de uma raça pura como a de nossos descobridores. Na atualidade a composição étnica do Brasil – cor ou raça – é de brancos, pardos, negros, amarelos e indígenas, com a predominância de brancos e pardos representando mais de 90% da população.
Daí a pergunta que nunca foi bem esclarecida: “Qual o caráter nacional?”. Para muitas nações somos um povo festeiro, despreocupado, acolhedor, amantes de futebol e do Carnaval. Antes, um país subdesenvolvido; hoje, considerado em desenvolvimento, embora sendo um dos maiores produtores de grãos do mundo.
Quando vivenciamos o regime militar denominaram-nos de República de Bananas. Charles de Gaulle, em determinado momento, comentou: “O Brasil não é um país sério!”. O nosso aclamado, Nelson Rodrigues, afirmou que convivemos com um “complexo de vira-latas”. O espírito gozador de nosso povo contribui para a divulgação dessa imagem negativa.
Algo inimaginável de ocorrer em países do Primeiro Mundo torna-se algo corriqueiro entre nós. Quem recorda das eleições esdrúxulas de Ioiô, de Cacareco e de Tião? Isso mesmo. Elegemos, sim, um bode para vereador, em Fortaleza/CE; um rinoceronte para deputado estadual, em São Paulo; e, um macaco para a prefeitura do Rio de Janeiro.
No início de 1920, Ioiô, teve votos suficientes para assumir uma vaga na Câmara Municipal como o edil mais votado dos alencarinos; Cacareco, em 1954, obteve 100 mil sufrágios, permitindo ser eleito com facilidade para a Câmara de Deputados paulista; finalmente, Tião, em 1986, com os 400 mil votos contabilizados se sentaria na cadeira de mandatário maior do município carioca.
Nas eleições os candidatos fazem de tudo para atrair a atenção do eleitor. Em 2024, surgiram duas candidaturas bizarras para vereadores, em Boa Vista, Roraima. Um deles, Amansa Corno; o outro, Eliseu Corno Bondoso. Em Itabaianinha, Sergipe, concorreu pela terceira vez para vereador, Thiago de Piroca. E por aí vai…
Somos um povo movido a paixões e ódios desproporcionais, irracionais até. O meio-ambiente contribui para tanto. O sol, o mar e o clima são inspirações para o bom-humor e a vontade de apreciar a liberdade oferecida pela natureza. Também sabemos ser cruéis quando insuflados por radicalizações. Em outras palavras somos felizes em viver aqui, a nossa maneira, neste nosso mundo peculiar.
Melhor estaríamos se também fôssemos levados a sério por outras nações do planeta como país continental possuidor de imensas riquezas naturais e de enorme potencial de crescimento em constante ebulição.
Mais felizes seriámos caso eliminássemos a corrupção e a desproporcionalidade social, afastássemos o crime organizado e a insegurança que tendem a crescer e subjugar as instituições brasileiras. Então, bateríamos no peito orgulhosos por morar “num país tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza”.
Ainda há tempo para os acertos de rotas em busca da seriedade desejada. Basta querermos!
José Narcelio Marques Sousa – Engenheiro civil
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