QUIMIOTERAPIA ORAIS NA ONCOPEDIATRIA –
Os medicamentos orais, utilizados para tratar o câncer infantil, podem ser utilizados, também, em casa, fora do ambiente hospitalar, não sendo necessária a internação, contribuindo para a diminuição dos custos hospitalares e melhorando a qualidade de vida.
Desta forma, as informações fornecidas pelo farmacêutico ao paciente são fundamentais para que a adesão seja eficaz ao tratamento, garantindo melhores resultados e evitando que o paciente possa ter uma piora, recaída ou agravamento da doença, por falta de adesão ou uso de medicamentos de forma inadequada.
A administração do medicamento via oral (pela boca) ainda é considerada a forma mais segura de administração, mas são necessários alguns cuidados como, por exemplo, guardar o medicamento em um local seguro, armazenar em local seco e arejado, conforme orientação médica, fazer os exames solicitados com regularidade, pois eles indicam se a quimioterapia está fazendo efeito ou não, através da dosagem sanguínea.
Alguns pacientes desenvolvem reações adversas e efeitos colaterais à ingestão dos quimioterápicos. Como esses efeitos já são previsíveis na consulta médica, já são prescritos os medicamentos para amenizar esses sintomas como: antibióticos, antialérgicos, antifúngicos, dentre outros.
A falta de fórmulas farmacêuticas adequadas para utilização em pediatria, nos leva a necessidade de adequação no preparo de doses individualizadas, como adição de sabor e, com isso, a adequação de formas farmacêuticas para soluções extemporâneas, gotas e xaropes melhorando na adesão à terapia medicamentosa (ISMP, 2017).
Essas adaptações, geralmente, são desenvolvidas em ambientes seguros e apropriados em farmácias magistrais, no entanto, nem sempre temos informações baseadas na literatura com embasamento e com informações suficientes quanto à estabilidade, compatibilidade e biodisponibilidade dos medicamentos (ISMP, 2017).
Isabelle Resende – Farmacêutico da Casa Durval Paiva, CRF 2541