A região metropolitana de Natal é o epicentro da epidemia da Covid-19 no Rio Grande do Norte e vive o pior momento desde 2020, afirma um relatório publicado pelo Laboratório de Inovação em Saúde (Lais) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. A alta das taxas de transmissibilidade, internação e mortes foram registradas principalmente após o carnaval.
Por causa da situação, os pesquisadores recomendaram medidas ainda mais duras para os municípios da Grande Natal. Entre elas, suspensão do feriado de Páscoa e determinação de toque de recolher no período. “Neste momento, é imprudente flexibilizar quaisquer medidas além das que foram publicadas no decreto do estado, sob pena de aumentar a crise de saúde pública já vivenciada”, afirma o relatório.
De acordo com os pesquisadores, o início do mês de fevereiro de 2021 marcou o aumento da taxa transmissibilidade do coronavírus, que perdurou por 8 dias. Após um pequeno período de redução, a taxa voltou a crescer ainda mais durante o Carnaval, e permaneceu em patamares elevados durante pelo menos 10 dias.
De acordo com o relatório, nesse período a taxa chegou a 1,40 – ou seja – 100 pessoas infectadas transmitiam a doença para outras 140, em média.
“Nesse contexto, a ocupação de leitos de UTI covid-19 observada atualmente é a consequência, de certa forma esperada, da falta de respeito às medidas de distanciamento social durante esse período – dadas as diversas aglomerações registradas e divulgadas na imprensa local e nacional”. diz o relatório.
Em 15 dias, o estado notificou 5.246 novos casos, o que representa cerca de 29% das notificações desde janeiro. O percentual pode ser maior, porque ainda pode haver casos pendentes de confirmação ou de notificação. Somente a região metropolitana registrou 92 mortes no período de 15 dias.
Como consequência do aumento de casos, a Região Metropolitana é, atualmente, a maior responsável pela ocupação de leitos de UTI covid-19 no estado, destaca o relatório. “Somente nessa Região há 129 pacientes internados em leitos de UTI covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS), o que representa 47,6% de toda a ocupação do RN”. Os pedidos de internação da região representam 50% do total do estado.
Por causa da saturação do sistema, o estado precisou enviar pacientes para a Região Oeste. De acordo com os pesquisadores, considerando apenas os pacientes atualmente internados em leitos de UTI no Oeste, 5 são provenientes da Região Metropolitana de Natal/RN, representando 9% de ocupação em Mossoró.
“Durante a produção deste relatório, 85 pacientes da Região Metropolitana aguardam para serem internados em UTI covid-19. Atualmente, apenas 18 leitos estão disponíveis para internação imediata, o que significa que 67 pacientes que necessitam de cuidados intensivos neste momento terão que aguardar a disponibilização de novos leitos ou serem regulados para outras Regiões de Saúde do estado. Esse dado evidencia a situação crítica e muito alarmante enfrentada por todos os potiguares atualmente, uma vez que o tempo de espera aumenta a probabilidade de óbito por falta de assistência adequada”.
Em comparação, os pesquisadores apontaram que a Região Oeste não apresenta fila de espera de pacientes e ainda dispõe de 5 leitos de UTI, mesmo após as últimas regulações de pacientes enviados da capital e municípios vizinhos.
Ainda de acordo com o relatório, a indisponibilidade imediata de leitos de UTI covid-19 na Região Metropolitana de Natal pode ter sido um dos motivos que levaram 39 pacientes a óbito no período de 1º de fevereiro a 5 de março. As solicitações por leitos críticos foram canceladas por óbito.
“O período mais crítico analisado corresponde à segunda metade do mês de fevereiro (logo após o período do Carnaval), cujos cancelamentos das internações por motivo de óbito na Região Metropolitana de Natal foram 38. A título de comparação, é preciso destacar que a Região Oeste teve apenas 1 solicitação de leito crítico cancelada por óbito durante esse mesmo período”, aponta ainda o relatório.
Os relatório recomenda que, caso a taxa de ocupação de leitos de UTI covid-19 não reduza na Região Metropolitana para menos de 90% até o dia 15 de março, os municípios dessa região deverão considerar a adoção de medidas ainda mais restritivas de circulação da população ou mesmo a possibilidade de lockdown (bloqueio total) por 15 dias. O mesmo vale se a taxa não cair para o patamar de 80% até o dia 22.
Os pesquisadores ainda recomendam suspensão do feriado de páscoa e determinação de toque de recolher por 48 horas, entre os dias 3 de e 5 de abril. Outra recomendação é para aquisição de vacinas.
Fonte: G1RN
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