O Reino Unido detectou uma nova variante do coronavírus Sars-Cov-2 em dois pacientes que estiveram na África do Sul ou que tiveram contato com eles, disse nesta quarta-feira (23) o ministro de Saúde britânico, Matt Hancock.
A variante variante batizada de “501.V2” não é a cepa do vírus nomeada como “B.1.1.7.”, que no fim de semana foi apontada pelo primeiro-ministro Boris Johnson como sendo 70% mais transmissível, de acordo com uma análise preliminar. O anúncio da circulação da B.1.1.7. levou a bloqueios dentro e fora do território britânico.
No primeiro anúncio, o Reino Unido informou que a cepa B.1.1.7. era responsável pelo aumento dos casos no país. Agora, as autoridades britânicas identificaram dois casos de pacientes com o mesmo tipo do vírus que é associado a uma alta dos casos no país africano.
Na semana passada, o departamento de Saúde da África do Sul afirmou que descobriu uma nova cepa do coronavírus. Segundo os sul-africanos, ela predomina entre os casos no país, que enfrenta uma alta no número de infectados.
Os pacientes estão em quarentena, assim como as pessoas que entraram em contato com eles.
De acordo com Hancock, o Reino Unido vai restringir a entrada de pessoas que saíram da África do Sul.
Investigação do genoma na África
A variante 501.V2 foi identificada por pesquisadores sul-africanos e relatada à Organização Mundial da Saúde (OMS), disse na sexta-feira (18) o ministro da Saúde africano, Zwelini Mkhize.
A equipe sequenciou centenas de amostras de todo o país desde o início da pandemia em março e “observou que uma determinada variante domina os resultados desses dois últimos meses”, segundo Mkhize.