Relator do processo de impeachment de Wilson Witzel, o deputado Waldeck Carneiro (PT), votou na tarde dessa sexta-feira (30) pela condenação do governador afastado por crime de responsabilidade, com perda do cargo e inelegibilidade por 5 anos.
Com meia hora de atraso, começou às 9h33 desta sexta-feira (30) a sessão final do Tribunal Misto que julga o impeachment de Witzel (PSC). Investigado por crime de responsabilidade e corrupção na condução da pandemia de Covid, o governador afastado pode ser destituído de vez do cargo e ficar inelegível por cinco anos.
Depois do voto de Waldeck, o tribunal teve uma pausa para almoço.
Durante a leitura de seu voto, Waldeck citou o pensador, filósofo, político, jurista e escritor francês Alexis de Tocqueville e afirmou:
“Ao contrário do estado monárquico, em uma República, ninguém, absolutamente ninguém, está acima da lei. Pouco importa se governados ou governantes, todos estão sujeitos à responsabilização”.
O relator do processo também:
Em seu Twitter, Witzel criticou o voto de Waldeck. “A vontade de consumar o golpe é tão grande, que o relator não teve o cuidado de fazer um voto em correlação com a denúncia. Não fui denunciado por omissão. Não conseguiu demonstrar que recebi qualquer vantagem indevida. Pura demagogia. Uma verdadeira aberração jurídica!”, escreveu.
A acusação afirma que havia uma caixinha de propina paga por Organizações Sociais (OSs) na área da Saúde, inclusive na liberação de restos a pagar, e que tinha Witzel como um dos beneficiários.
O valor total de propina arrecadado pelo grupo teria sido de R$ 55 milhões.
“A previsão e o planejamento [sobre a pandemia] foram toscos. As ações, erráticas. A organização precária serviu de arcabouço para se instituir uma estrutura hierárquica incompetente e corrupta. O comando da área da saúde estava contaminado pelo vírus da corrupção“, disse o deputado Luiz Paulo, nas alegações finais da acusação.
O governador afastado não foi à sessão. Nas redes sociais, afirmou que não renunciaria e atacou o parecer do relator, deputado estadual Waldeck Carneiro.
Defesa
Placar contra Witzel de sete votos ou mais
Qualquer outro placar
O G1 pediu uma entrevista com Witzel na última semana, mas ele se recusou. O governador afastado nega todas as acusações.
Ele sustenta que Edmar e Edson Torres não apresentaram nenhuma prova, como depósitos em contas ou sinais exteriores de riqueza.
Witzel foi aliado do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e se tornou desafeto após admitir que sonhava concorrer ao Palácio do Planalto.
Após a Operação Placebo, ele levantou suspeitas contra o procurador-geral da República Augusto Aras e acusou Bolsonaro em entrevista ao Bom Dia Rio.
“Chegou ao meu conhecimento que essa investigação partiu de dentro do gabinete do procurador-geral da República, com aquiescência do presidente da República”, afirmou.
Bolsonaro nega. Na véspera da operação, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) adiantou que a Polícia Federal começaria a fazer operações contra os governadores.
“Estão jogando meu nome na lama de forma absolutamente inadequada. Isso é uma farsa, uma perseguição política”, repetiu.
Na entrevista, Witzel também elogiou sua própria gestão na condução à pandemia.
“Eu avalio muito positivo. Nós fizemos várias ações. Eu fui o primeiro a adotar as medidas no Brasil. Não perdemos controle nenhum”, afirmou. “Nós inauguramos mais de 1.400 leitos desde o dia 15 de março. Quando eu decretei o lockdown, nós tínhamos zero leitos de Covid-19.”
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