Clientes compram peixe em um mercado de Barcelona, na ​​Espanha, nesta sexta-feira (17) Autoridades de saúde pedem aos 5,5 milhões de moradores que reduzam sua socialização ao mínimo e fiquem em casa o máximo possível para impedir a propagação do novo coronavírus  — Foto: Emilio Morenatti/AP
Clientes compram peixe em um mercado de Barcelona, na ​​Espanha, nesta sexta-feira (17) Autoridades de saúde pedem aos 5,5 milhões de moradores que reduzam sua socialização ao mínimo e fiquem em casa o máximo possível para impedir a propagação do novo coronavírus — Foto: Emilio Morenatti/AP

A Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstrou preocupação nessa segunda-feira (27) com regiões que onde os casos de coronavírus voltaram a crescer, como a Europa e a Ásia.

A líder técnica da OMS, Maria van Kerkhove, explicou que, apesar de vários países já terem passado a primeira onda de transmissão, o ressurgimento dos casos nestes países estão relacionados com o relaxamento das medidas contra o coronavírus em áreas que reabriram indústrias e casas de eventos e bares.

“Em muitos países estamos vendo casos ressurgindo. Estamos vendo isso em áreas em particular”, disse Kerkhove, se referindo às indústrias e lugares com vida noturna. “[Neste lugares], as pessoas ficam juntas, perto uma das outras e em um período prolongado de tempo.”

Ao relaxarem as orientações de distanciamento, cuidados pessoais e deixar de evitar aglomerações, a líder técnica explica que estes países estão criando “uma oportunidade de voltar para a comunidade.”

A líder técnica da entidade defendeu que não há como viver como vivíamos antes da pandemia e que o “novo normal” inclui distanciamento e usar máscaras.

“Como é o novo normal? O novo normal inclui distância física dos outros, inclui usar máscaras quando é recomendado, inclui sabermos todos os dias se está o vírus está onde vivemos, onde trabalhamos, aonde queremos viajar”, recomendou Kerkhove.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus, voltou a reforçar as medidas contra o coronavírus indicadas desde o início da pandemia, como isolamento e distanciamento social, lavar as mãos com água e sabão e uso de máscara em lugares público.

“Mantenha distância de outras pessoas, limpe as mãos, evite áreas aglomeradas e lugares fechados e use uma máscara quando recomendado. Onde essas medidas são seguidas, os casos diminuem. Onde não são, os casos aumentam”, orientou Tedros.

Por parte das autoridades sanitárias e governos, Tedros reforçou que é preciso “encontrar, isolar, testar e cuidar de todos os casos, e rastrear e colocar em quarentena seus contatos.”

Ressurgimento dos casos

Na Espanha, um mês após o país encerrar o estado de emergência, cidades como Barcelona, Zaragoza e a Madri registraram aumento de novas infecções, o que levou o governo a avisar que uma segunda onda pode ser iminente. O governo da Catalunha anunciou que bares noturnos e discotecas da região terão que fechar por duas semanas.

Alemanha e França também estão enfrentando aumento de novos casos da Covid-19 nos últimos dias, segundo a BBC.

Na Ásia, vários estão enfrentando uma segunda onda de infecções do novo coronavírus e voltando a se fechar para tentar conter a doença, segundo a Reuters. Hong Kong voltou a impor restrições e o Vietnã isolou a cidade de Danang esta semana.

Em junho, após conseguir controlar casos em alguns estados, os Estados Unidos também viram um aumento repentino de novas transmissões e tiveram que retroceder nas medidas de abertura.

6 meses de pandemia

Ainda nesta segunda, a OMS alertou que os casos globais da pandemia quase dobraram nas últimas 6 semanas.

“A pandemia continua a acelerar. Nas últimas 6 semanas, o número total de casos aproximadamente dobrou”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Gebreyesus.

O dado significa que, com um total de mais de 16 milhões de infectados durante os quase seis meses de pandemia, o mundo registrou cerca de 8 milhões de casos em apenas seis semanas.

O diretor-geral da entidade lembrou que na próxima quinta-feira (30) faz seis meses desde que a OMS declarou emergência de saúde pública de interesse internacional por causa do coronavírus.

De acordo com o balanço da universidade norte-americana Johns Hopkins, o mundo tinha, até as 8h30 desta segunda-feira, 16.264.048 casos confirmados e 648,9 mil mortes.

O Brasil contabilizava 87.058 mortes por coronavírus e 2.420.143 casos confirmados até as 8h desta segunda-feira (27), segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde.

Fonte: G1

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