Uma exposição em São Paulo trouxe ao Brasil uma réplica do maior dinossauro do mundo.

Essa é a história do tempo em que os gigantes caminhavam sobre a Terra. Tempo que não se contava em dias, semanas, anos. Mas em eras. O tempo dos dinossauros.

“Não existe um intervalo em toda essa história da Terra que se equipare ao mundo que foi o mundo dos dinossauros. Se você olhar as dimensões, as anatomias que esses animais adquiriram, a grande variedade, eles eram superanimais que simplesmente dominaram os continentes durante todo esse intervalo de aproximadamente 170 milhões de anos”, conta Luiz Eduardo Anelli, professor do Instituto de Geociências da USP.

O professor da USP é o curador brasileiro da exposição sobre os dinossauros que viveram na América do Sul. Quase todos na Patagônia argentina. Menos um, com DNA brasileiro. Até onde a ciência conhece, é o dinossauro mais antigo do mundo. Viveu onde hoje é o Rio Grande do Sul há 233 milhões de anos. Tinha o tamanho de uma ovelha. Bem diferente dos dinossauros que povoam a imaginação das crianças.

Dizem os paleontólogos que todos os outros corriam do dinossauro batizado de Patagotitan, o maior dinossauro já descoberto. Tinha quase 40 metros de comprimento e o peso de 18 elefantes. A réplica do esqueleto foi montada por um museu de paleontologia argentino, referência no mundo todo.

Mas o Patagotitan ganhou fama muito antes de ter esse nome e ser reproduzido. Foi logo que o fóssil do fêmur, que é o maior osso do corpo e fica na perna, foi descoberto. Era tão grande que um paleontólogo resolveu fazer uma foto para que a gente pudesse entender o tamanho da descoberta. O fóssil tem 101 milhões de anos. É de cair o queixo.

Superanimais que deixaram apenas pistas da própria existência. Para os cientistas, a moral dessa história é uma só.

“Quando a gente olha para história da vida, é sempre uma vida de perturbação ambiental, uma extinção e uma recuperação. Aí a vida se diversifica. Normalmente, ao longo de toda essa história, são questões que mexem com a química da atmosfera. Porque aí está o pulo do gato para a vida, que é a temperatura global. Então, o que todas essas histórias de crises e recuperação, crise, e recuperação nos ensina é que a vida precisa do equilíbrio”, afirma Luiz Eduardo Anelli.

Fonte: G1

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