A Copa do Mundo de Futebol de 2014, realizada em nosso país, nos deixou algumas boas lembranças, e momentos de alegria, apesar da grande decepção e do fracasso abissal demonstrado pela nossa seleção diante da organizada equipe da Alemanha, quando fomos massacrados em pleno de Estádio do Mineirão, pelo escorre de 7×1.
Memorizei alguns lances, alguns momentos que bem marcaram aqueles instantes de alegria, tristeza e de congraçamento universal do futebol.
Vejamos:
— O apagado desempenho do craque número um do mundo: Cristiano Ronaldo, da seleção portuguesa;
— À ausência nos jogos do famoso atacante Balotelli da seleção italiana, embora presente em campo;
— A mordida canibalesca de Luis Soárez, atacante da seleção uruguaia no zagueiro da seleção italiana, Chiellini, em plena Arena das Dunas/ Natal;
— O “soprinho” do árbitro japonês ao apitar o pênalti inexistente para o Brasil contra a Croácia;
— A grande decepção da seleções da Espanha, Inglaterra e Itália;
— A grata e a vibrante surpresa das boas seleções da Costa Rica e Colômbia;
— À beleza, à alegria, o colorido e a vibração das torcidas nas Arenas;
— O belo exemplo e a fidalga impressão deixada pelos torcedores japoneses nas Arenas( povo limpo é povo civilizado);
— A beleza do futebol exibido pelo veterano Pirlo, meio campista da seleção italiana;
— A genialidade, a elegância, a disciplina tática exibida pelo meio campista Schweinsteiger da equipe alemã;
— A raça aliada ao belíssimo futebol do atacante Robben, da seleção holandesa e o talento do jovem craque colombiano, James Rodríguez;
— O choro coletivo explicável ( um milagre), uma graça alcançada da nossa seleção pela vitória nos pênaltis contra o Chile;
— A estratégica irracional e “confortável” da seleção brasileira de treinar na granja Comary/ Teresópolis/RJ, com clima de Europa no inverno, para jogar em clima tropical com 32 graus à sombra;
— A insuportável chatice da transmissão apaixonada de Galvão Bueno;
— A insistência( por falta de coadjuvante) do craque Neymar em tentar, tentar e teimar resolver sozinho o jogo para a nossa seleção;
— Os curiosos e hilários nomes dos jogadores estrangeiros: Sissoko, Osako, Guardado, Vida, Pulido, Caicedo, Mehrdad, Tranquilo, Cuadrado, Abate, Musa, Papastathopoulos, Koo Ja-Cheol, Altidore, Mavuba, Rimando, Immobile, Mejía, Schweinsteiger, Zemmamouche,Lukaku;
— O alto nível técnico e a performance dos goleiros das seleções ( A Copa dos Goleiros), destaque maior para Nauer da seleção da Alemanha;
— Os vazios, inconsistentes e bisonhos comentários técnicos e táticos de Ronaldo Nazário, na TV Globo;
— A figura alegre e simpática do treinador da seleção mexicana e da sua histórica queda ao comemorar o gol da sua seleção;
— A inusitada e corajosa substituição( que deu certo) do goleiro da seleção da Holanda contra a Costa Rica, no momento mágico da decisão por pênaltis;
— A brutalidade e a virilidade do corpulento jogador da seleção Colombiana Zúniga, no nosso melhor e único atacante Neymar, tirando-lhe da Copa;
— A falta de conhecimento, o despreparo e a imaturidade de como foi feito o atendimento em campo de Neymar, vítima de um seríssimo traumatismo na coluna lombar;
— Do futebol jogado com inteligência, solidário, com seriedade, planejamento e muita organização, pela seleção da Alemanha;
— De admirar, aplaudir e assistir o craque Messi correr na vertical em velocidade e ter a bola literalmente colada à chuteira, não permitindo ao adversário tomá-la. Impressionante! Coisa de gênio;
— A justa e merecida homenagem póstuma ao craque argentino Di Stefano ( que nunca disputou uma Copa do Mundo), com um minuto de silêncio e targa preta, no jogo entre a Argentina e Holanda. E o nosso craque Marinho Chagas ( falecido um pouco antes do início da Copa ), o melhor lateral-esquerdo do Mundo (1974) — nenhuma homenagem. Lastimável e injusto.
Berilo de Castro – Médico, escritor, membro do IHGRN – [email protected]
Verdade Berilo sua retrospectiva é espetacular, mas senti muito o descaso com nosso Marinho Chagas,praticamente esquecido por parte dos que cobrem o Futebol Brasileiro .