Aedes aegypti também é transmissor da febre amarela.  — Foto: Prefeitura de Cabo Frio

O Rio Grande do Norte teve um aumento de 27% no número de casos confirmados de dengue nestes primeiros três meses de 2022.

É o que aponta o boletim epidemiológico das arboviroses divulgado nessa terça-feira (29) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap). O documento traz dados também sobre chikungunya e zika, outras doenças causadas pelo Aedes Aegypti.

O crescimento dos números da dengue é em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os dados foram contabilizados até o dia 12 de março.

Desses, 1.252 foram considerados casos prováveis, além de outros 502 que foram descartados. Segundo a Sesap, um óbito pela doença está em investigação.

A incidência apresentada pela doença foi de 35,16 casos prováveis por 100 mil habitantes.

Os municípios que apresentaram maior incidência de dengue foram Passa e Fica, Santo Antônio, Serrinha e Várzea (1ª Região de Saúde) e Jardim do Seridó e Parelhas (4ª Região de Saúde).

Tanto a dengue quanto as demais arboviroses registraram aumento de notificações. Outro perfil que se alterou foi em relação à localização dos casos, segundo a Sesap.

“Em 2021, percebemos que as notificações ocorriam muito na Região do Trairi (5ª Região de Saúde), porém, neste ano, as notificações estão maiores na Região Agreste, onde se situa a 1ª Região de Saúde, bem como na Região do Seridó, que corresponde à 4ª Região de Saúde”.

Chikungunya

chikungunya teve 148 casos confirmados de 787 suspeitos notificados – outros 710 casos foram considerados prováveis e 77 descartados. Não houve nenhum óbito confirmado pela doença. A incidência foi de 19,94 casos prováveis por 100 mil habitantes.

Segundo a Sesap, em comparação com o mesmo período de 2021, houve um aumento no número de notificação. Em março do ano passado foram 303 casos notificados.

A predominância da notificação de casos também ocorreu em Passa e Fica, Santo Antônio, Serrinha, Várzea e Jardim do Seridó.

Zika

Já quanto o zika vírus, foram 153 casos suspeitos da doença, sendo confirmados 15 casos, de acordo com a Sesap. Houve o registro ainda de 130 casos considerados prováveis, 23 descartados e nenhum óbito confirmado.

A incidência registrada foi de 3,65 casos prováveis por 100 mil habitantes.

A pasta informou ainda sobre sete notificações de zika em gestantes, mas nenhum casos confirmado por critério laboratorial.

As cidades que mais tiveram notificações foram Santo Antônio e Várzea, além de Guamaré, pertencente à 3ª Região de Saúde.

No Rio Grande do Norte, foi detectada a circulação dos sorotipos 1 e 2, que, em alguns municípios, ocorrem simultaneamente.

Prevenção

A Sesap reforça, junto à população, os cuidados necessários para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses:

  • Mantenham os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;
  • Esfreguem com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais;
  • Não coloquem lixo em terrenos baldios;
  • Mantenham as caixas d´água sempre tampadas;
  • Observem vasos e pratos de plantas que acumulam água parada;
  • Observem locais que possam acumular água parada como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso;
  • Recebam a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas;
  • Mantenham em local coberto, pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água.

 

 

 

Fonte: G1RN

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