O mosquito africano Aedes aegypti é o transmissor da dengue, chikungunya e zika — Foto: Freepik

O Rio Grande do Norte teve um aumento nos casos de dengue, chikungunya e zika neste ano de 2022. Os dados registrados até o dia 22 de outubro, data do último boletim das arboviroses da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), são superiores a todo o ano de 2021.

Os casos confirmados de dengue, por exemplo, subiram 830% em comparação com o ano passado. Neste ano, foram confirmados 11.330 casos enquanto em 2021 esse número foi de 1.218. O número de mortes também cresceu: de 1 para 19.

Em maio deste ano, o RN decretou situação de emergência no estado por conta dos casos elevados de arboviroses. Em agosto, a Sesap chegou a anunciar o fim da epidemia, mas recuou e manteve a situação crítica do quadro no estado.

A pasta, inclusive, fez um novo alerta à população diante da chegada do período epidêmico das arboviroses, compreendido entre novembro e maio, quando as altas temperaturas, combinadas às chuvas aceleram a reprodução do mosquito transmissor, aumentando a disseminação dessas doenças.

“Todos devemos ser vigilantes, para que consigamos combater o mosquito nos nossos quintais, residências, ruas e bairros. É possível evitar a proliferação do Aedes Aegypti por meio de medidas simples, como armazenar o lixo de forma adequada, manter as caixas d´água sempre tampadas e observar se há vasos e pratos de plantas que acumulam água parada, por exemplo”, disse a responsável técnica do Programa Estadual de Controle das Arboviroses, Sílvia Dinara.

A pasta informou que está atuando recentemente na cidade de Antônio Martins pra diminuir o número de casos no município.

Chikungunya também aumenta

 

Os casos de chikungunya subiram de 1.679 em 2021 para 4.205 até o dia 22 de outubro deste ano no Rio Grande do Norte, segundo a Sesap.

No ano passado, o estado não havia registrado nenhuma morte pela doença. Neste ano, três foram confirmadas.

De acordo com a Sesap, esses são dados confirmados da doença – excluindo os prováveis e os descartados.

RN tem 7 cidades entre as 10 com mais casos prováveis de zika, diz MS

O Rio Grande do Norte tem sete entre as 10 cidades com mais casos prováveis de zika vírus em todo o Brasil. É o que aponta o boletim epidemiológico de arboviroses do Ministério da Saúde (MS). Os dados foram atualizados até o dia 12 de novembro.

Ao todo, o MS considera que o estado tenha 3.843 casos prováveis. A Sesap, no entanto, aponta que esse número não representa o de casos confirmados, que, segundo a pasta, até o dia 22 de outubro, é de 609 casos. O número de casos prováveis, segundo a Sesap, é de 4.059.

Considerando o número de casos confirmados, ele também aumentou em comparação a 2021, quando foram registrados pela Sesap 202 casos.

Apesar dos números da pasta estadual, o Ministério da Saúde usa como base os dados de casos prováveis e considera que o RN tem sete entre as 10 cidades com mais casos de zika no Brasil. As cidades são:

  • União dos Palmares (AL) – 377 casos
  • Parnamirim (RN) – 289 casos
  • Macaíba (RN) – 278
  • Natal (RN) – 259
  • Extremoz (RN) – 246
  • Macajuba (BA) – 233
  • Baía Formosa (RN) – 208
  • Arez (RN) – 195
  • Parazinho (RN) – 186
  • Sobral (CE) – 181

Prevenção

 

Diante da chegada de um novo período epidêmico, a Sesap dá dicas para que não haja a proliferação do Aedes Aegypti causador da dengue, chikungnya e zika vírus.

  • Mantenham os quintais livres de possíveis criadouros do mosquito;
  • Esfreguem com bucha as vasilhas ou reservatórios de água de seus animais;
  • Não coloquem lixo em terrenos baldios;
  • Mantenham as caixas d´água sempre tampadas;
  • Observem vasos e pratos de plantas que acumulam água parada;
  • Observem locais que possam acumular água parada como: bandeja de bebedouros e de geladeiras, ralos, pias e vasos sanitários sem uso;
  • Recebam a visita do agente de endemias, aproveitando a oportunidade para tirar possíveis dúvidas;
  • Mantenham em local coberto, pneus inservíveis e outros objetos que possam acumular água.

Fonte: G1RN

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