Militares do Exército patrulham a comunidade da Rocinha, no Rio, desde a tarde da última sexta-feira (22) (Foto: Rommel Pinto/Agência O Dia/Estadão Conteúdo)

A Rocinha, na Zona Sul do Rio, teve uma madrugada de aparente tranquilidade neste domingo (24), quando se completam três dias da atuação do Exército na comunidade. De acordo com as polícias Civil e Militar, não foram registradas trocas de tiros desde a noite de sábado, dia que terminou com 9 presos, 18 fuzis apreendidos, três mortos e um adolescente vítima de bala perdida. Durante patrulhamento pela manhã, policiais militares apreenderam frascos de lança-perfume por lá.

O clima na comunidade, no entanto, segue de tenso. A polícia crê que o traficante Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157, conseguiu voltar para o morro, onde está escondido. Ele é apontado como pivô da guerra entre criminosos iniciada há uma semana.

O sábado (23), segundo dia da operação conjunta entre as polícias do estado e as tropas federais, foi marcado por diversos tiroteios, dentro e fora da Rocinha. Uma das ações mais críticas ocorreu durante a tarde, quando criminosos que fugiam pela mata da Floresta da Tijuca entraram em confronto com policiais no Alto da Boa Vista e na Usina. Três foram mortos e quatro foram presos. Um adolescente de 13 anos levou dois tiros, mas não corre risco de morrer.

Desde que entraram na favela, policiais e militares causaram um prejuízo de R$ 1 milhão aos traficantes. É o que estimou o delegado Antonio Ricardo, titular da 11ª DP (Rocinha).

“Esse foi o resultado desse cerco maior, mais restrito, com mais pontos de interceptação e maior número de equipes de busca”, avaliou o secretário de Segurança Pública do estado, Roberto Sá, em coletiva de imprensa no fim da manhã de sábado.

Sá destacou que desde o início do trabalho das Forças Armadas em conjunto com as polícias do estado “houve uma estabilidade que está sendo mantida” na comunidade. Na mesma coletiva, o comandante da 1ª Divisão do Exército, general Mauro Sinott, avaliou que foi feito “um trabalho muito bom, com bom rendimento e com excelente integração”.

Os representantes da segurança afirmaram que as ações na favela serão realizadas por tempo indeterminado e pediram ajuda de moradores para achar os criminosos, que teriam fugido para a floresta.

Fonte: G1

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