RORAIMA, UMA CRISE ANUNCIADA –

Não é de hoje que a fronteira Brasil-Venezuela, em Pacaraima/Roraima, sofre problemas graves de segurança.

Roraima é sabidamente um dos Estados com as maiores riquezas minerais intocadas. Fora as belezas naturais. Morei por 5 anos naquele Estado e tive a graça de comandar toda a tropa do Exército Brasileiro que ali se encontra.

Roraima também é reconhecida, infelizmente, por figuras políticas extremamente corruptas, de irrelevante importância nacional. Por lá, quem ainda não foi preso, em breve será. Roraima ainda tem em seu histórico político o recordista de condenações, 52 no total, para um mesmo político. Parece mentira, mas é verdade. Não vale a pena citar os nomes da política local. Em tempos de campanha política, isso vira até propaganda.

A situação na Venezuela, que diga-se de passagem se arrasta por décadas, está longe de uma solução. Associando-a ao descaso e incompetência de nossas autoridades, claro que iria explodir. O Dia D foi 18Ago18.

O maior prejudicado foi o cidadão brasileiro, que mais uma vez observa limites aos seus direitos e insegurança ao seu lado. E mais ainda, o amigo Raimundo, empresário digno e pagador de impostos, agredido por venezuelanos. A condição de miséria do povo venezuelano não pode justificar qualquer agressão e transgressão das leis, principalmente em território brasileiro.

O Princípio da Reciprocidade é sagrado, desde os tempos do Barão do Rio Branco, nosso emérito negociador. E cabe aos Poderes constituídos zelar para que a ordem e a soberania sejam mantidas em todo o território nacional.

Uma decisão do Juiz Federal em Roraima, de fechar a fronteira há duas semanas, era uma ação preventiva. Ela foi derrubada pelo STF e ignorada pela Presidência da República.

Sobrou para quem?

Precisamos de Autoridades comprometidas com a soberania.

As oligarquias destruiram o nosso País. A nossa missão é de reconstrução, do zero.

 

Eliéser Girão Monteiro FilhoEx-secretario de Segurança do RN 

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