A SABEDORIA DAS PARÁBOLAS –

“Com muitas parábolas semelhantes Jesus lhes anunciava a palavra, tanto quanto podiam receber. Não lhes dizia nada sem usar alguma parábola. Quando, porém, estava a sós com os seus discípulos, explicava-lhes tudo.” (Marcos 3:33, 34).
Sabemos da preferência de Jesus pelas parábolas. E nestes versículos, o evangelista Marcos o confirma textualmente. A parábola tem o mérito de atingir a todos, cada um em seu próprio grau e nível de compreensão. Aos seus discípulos, porém, em particular, Jesus abria-lhes o verdadeiro sentido da mensagem contida em cada parábola.
Vale dizer, existem graus de revelação nas palavras do Cristo. E nem todos estão aptos a receber o significado mais profundo daquela palavra, daquele ensinamento. Quando uma pessoa não está preparada, de duas uma: ou faz ouvidos moucos à palavra de Deus, ou se volta contra o mensageiro da palavra. Daí a recomendação do Mestre, em não se “lançar pérolas aos porcos”…
Ninguém está excluído do plano de Deus. Todavia, cada um de nós está em seu próprio nível de consciência, de evolução, de purificação. Assim, cada um entende a parábola “tanto quanto podem receber”, como afirma o versículo acima. Cabe a cada um, portanto, estar aberto, receptivo e preparado para receber os ensinamentos do Mestre Jesus.
Esse preparo não se dá mediante participação em cursos e/ou estudos que desenvolvam apenas a parte intelectual. Mas, antes, se faz pela prática dos ensinamentos do Cristo; quais sejam, a prática do perdão, da compreensão, do amor, da caridade, da fraternidade, da ética…
Quem se lança discípulo do Cristo tem que viver as revelações que recebe do Plano Espiritual, Celeste, no convívio com seus irmãos no plano material, terrestre.
No final do capítulo mencionado acima, Jesus critica seus discípulos (que estavam com medo que o barco afundasse), perguntando-lhes:
“Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?” (Marcos 4:40).Em várias ocasiões, Jesus critica a fé dos discípulos, como que a instigar-lhes o uso do poder espiritual a eles transmitido desde o momento em que os enviou a pregar o Evangelho e a curar os enfermos de toda espécie.
É necessário, portanto, ter mais clareza da providência divina, mais confiança em nosso próprio discernimento e poder, já recebidos do nosso Pai Celestial. Sejamos, pois, instrumentos nas mãos de Deus, invocando-O não de um lugar distante de nós, de fora de nós, mas o Deus que habita dentro de nós, que nos envolve, e está presente tanto no plano espiritual, de forma transcendente, quanto no plano material, de forma imanente. Que possamos conceber, para então viver os ensinamentos contidos nas parábolas do nosso amado Mestre, o Cristo-Jesus, em nosso dia-a-dia!

 

 

 

João Batista Soares de LimaEx secretário de Tributação e Membro da Arca da Aliança – Movimento Cristão.
As opiniões contidas nos artigos/crônicas são de responsabilidade dos colaboradores
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