SAINDO DO SÉRIO –

Caminhando aos domingos na praia de Ponta Negra, lotada de banhistas daqui e d’alhures, vendedores de tudo o que se possa imaginar, às vezes paro para escutar alguma música ou piada nos vários ambulantes que vendem CDs piratas. Como já estamos saturados de mensalões, política partidária, eleições, enfim, assuntos sérios, inclusive e principalmente sobre falta de seriedade, vejamos algumas dessas histórias engraçadas.

No início dos movimentos feministas, as mulheres de vários países se reuniram num congresso internacional para reivindicar mais direitos e menos deveres para o chamado – erradamente – sexo frágil. Um mês após, um sociólogo, estudioso dos movimentos das minorias, resolveu fazer uma avaliação dos resultados desse encontro. Uma italiana deu o seguinte depoimento:

– Eu era quem lavava toda a roupa da casa, não tinha tempo para nada; era uma verdadeira escrava. Quando cheguei da viagem, disse para o meu marido que não lavava mais um lenço. Ele, entendendo a minha revolta, passou a lavar toda a roupa da casa. Criou gosto e montou uma lavanderia. Ficamos ricos. A nossa lavanderia tem filiais em vários países pelo mundo afora.

Chegou a vez da francesa, com um depoimento similar, com relação à cozinha. Também ficaram ricos com um belo restaurante de padrão internacional. Como era de se esperar chega a vez da brasileira. Esta, coitada, sobrecarregada, avisou logo para o marido:

– A partir de amanhã não lavo, não cozinho, não varro a casa, não ensino as lições dos meninos…

O entrevistador, surpreso com a coragem da brasileira, indagou:

– E aí, o que foi que você viu?

Ela responde resignada:

– No primeiro dia eu não vi nada… no segundo dia, também não vi nada… no terceiro dia, os olhos começaram a desinchar e eu comecei a ver uma luzinha…

Um desses caras que vivem apressados, entra correndo num elevador em que as portas já estavam se fechando. Com a sua truculenta pressa acabou dando uma cotovelada no busto de uma senhora. Ainda, como se não bastasse, quis fazer piada:

– Madame, se o seu coração for tão mole e macio como as suas mamas, tenho certeza que a senhora me perdoará!

A mulher, sintonizando com a brincadeira, não se aborreceu:

– Cavalheiro, se o seu pênis for tão duro e vigoroso quanto o seu cotovelo, o meu apartamento é o 508!

Tem aquela do marido que ao adentrar o leito conjugal já encontra a mulher na cama com as luzes apagadas. Com a voz sedutora, sussurra ao seu ouvido:

– Amor, já estou sem cueca…

A mulher, ríspida, responde:

– Amanhã eu compro!

Ele insiste:

– Não é isso querida, eu quero amá-la!

Ela continua no mesmo diapasão:

– A mala está em cima do guarda-roupa!

O tesão era tão grande, que o cara não desiste:

– O que eu estou querendo dizer é que vou amar-te!

Então, ela encerra o assunto:

– Vá a Marte, a Mercúrio, a Vênus, a Júpiter, vá pra puta que o pariu, mas me deixe dormir em paz!

 

 

Armando Negreiros – Médico e Escritor
As opiniões contidas nos artigos são de responsabilidade dos colaboradores

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