SAMBA E CHORO –
Os primeiros registros de Música Popular Brasileira (MPB) ligados ao encontro dos indígenas e os jesuítas datam do ano de 1549. Tudo evoluiu com os ritmos do catererê ou o cantachão.
No final do século XVII, houve um crescimento significativo com o aparecimento dos primeiros centros urbanos.
Em 1808, com a chegada da Família Real ao Brasil, houve uma importante transformação na produção musical em seus parâmetros estéticos.
Com a fixação da Coroa Portuguesa no Rio de Janeiro, a cidade recebeu a Biblioteca Musical da Família Bragança, considerada uma das melhores bibliotecas da Europa.
No cenário mundial, o Brasil é considerado um país jovem, mesmo assim, de maneira surpreendente, conseguiu desenvolver diversos ritmos musicais, como: o Choro, o Samba, a Bossa Nova e a Música Popular Brasileira (MPB).
O Choro, mais conhecido por Chorinho, é considerado a primeira música popular urbana típica do Brasil. Carioca de nascença, tem como pai o exímio flautista mulato Joaquim Callado Jr. Existe há mais de 130 anos. Foi originada da mistura dos elementos das danças de salão da Europa e da música popular portuguesa, com influências africanas. Os músicos e compositores são denominados de chorões. Com destaques para: Pixinguinha, João de Barro (Braguinha), Chiquinha Gonzaga, Jacob do Bandolin, Waldir Azevedo, Ernesto Nazareth, Paulinho da Viola, Zequinha de Abreu e Ademilde Fonseca.
O samba descende do ritmo do lundu, principal forma de raízes da música africana que apareceu no Brasil no século XX, nas comunidades de afro-brasileiras do Rio de Janeiro. Seu nome deriva da palavra angolana “semba”, ritmo muito religioso usado pelo povo angolano.
Teve um grande crescimento e aceitação do povo brasileiro, com suas muitas variações, como: samba canção, samba de breque, samba de roda, samba enredo, samba rock e o samba reggae; usa como instrumentos principais, o cavaquinho, o pandeiro e o violão.
Por ter sido originado entre os negros escravos, levou um certo tempo para ser considerado um símbolo musical nacional e internacional (o preconceito e o racismo foram derrotados pela beleza do samba).
No século XX foi adotado por compositores geniais com Noel Rosa, Ernesto Nazareth, Cartola e Donga.
Viva o samba, porque tem telecoteco!
Berilo de Castro – Médico e Escritor, [email protected]