A SAÚDE ANDA MAL –

Era uma vez, no país de Avilan, na terra dos jerimuns, um vilarejo chamado cidade dos coqueirais. Lá se tinha de tudo para viver. Canaviais, coqueiros e frutas diversas e também tinha camarões. Uma terra bonita, de ventos e boa gente, mas o que essa gente não sabia é que eles eram os patrões.

As pessoas escolhiam os administradores e os pagavam para que tomassem conta de tudo. Das escolas aos hospitais. Acontece que a cada quatro anos as pessoas escolhiam os seus administradores, os que iriam cuidar dos “escolhedores”, que eram chamados eleitores, e os administradores não estavam cuidando direito das coisas. A saúde ia muito mal.

Um grande hospital daquela região sofria com os abusos e descasos, sofria com as brigas pelo “poder”, pois, com sua teimosia, os administradores “esqueciam” que seus patrões eram o povo da cidade.

Então, eles faziam coisas absurdas e exigiam que o povo tivesse saúde por natureza, porque se ficassem doentes não havia como curá-los. O hospital estava “um caco”. Tinha mofo e não tinha remédios, tinha funcionários e não tinha equipamentos, tinha livros e não tinha canetas.

As pessoas que lá trabalhavam sabiam quem eram os seus patrões, o povo, mas os administradores nunca se lembravam dessa verdade.

Até que um belo dia, aproximando-se do tempo de escolher novos administradores, o povo “acordou”, prestou mais atenção no passado e nos feitos de cada um, pensou bem e escolheu melhor. E viveram felizes e bem cuidados!

Assim como em Avilan é o nosso sistema de eleição, nós votamos e escolhemos os nossos administradores, mas nós somos os patrões e ainda não acordamos para este fato.

Precisamos abrir os olhos, não nos deixar enganar pelas bolas que correrão durante a Copa e escolher bem quem vamos empregar. O horário político eleitoral não é piada, é uma entrevista de emprego, na qual avaliamos os melhores candidatos para preencher as vagas em aberto.

Vamos fazer isto com a seriedade necessária, para que os nossos administradores não maltratem os nossos bens, vamos lembrá-los de quem realmente manda aqui. Não adianta protestar nas ruas e errar nas urnas.

Vamos nos unir para deixarmos de parecer com Avilan! Os potiguares agradecem.

 

Ana Luíza Rabelo Spencer, advogada ([email protected])

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