A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) emitiu nessa segunda-feira (20) uma nota técnica para orientar os serviços de saúde sobre notificação, investigação, medidas de prevenção, tratamento e controle da varíola dos macacos no Rio Grande do Norte. O estado atualmente não tem nenhum casos suspeito.
A medida, segundo a Sesap, se dá em função do cenário mundial e nacional da doença. Até esta segunda à tarde, o Brasil tinha oito casos confirmados da doença – o primeiro caso confirmado foi em 9 de junho, em São Paulo.
A nota da Sesap orienta que, se houver caso suspeito, ele deve ser notificado imediatamente através dos canais do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs).
Além disso, deve ser solicitado o isolamento do paciente para um dos dois serviços de referência no RN, que são os hospitais Giselda Trigueiro, em Natal, e Rafael Fernandes, em Mossoró.
A orientação também é para os hospitais que vão receber os pacientes. Os casos suspeitos devem ser orientados quanto ao caso clínico, receber uma máscara cirúrgica, com orientação quanto ao uso correto, e conduzidos para um local de isolamento.
As lesões de pele em áreas expostas devem ser protegidas por lençol, vestimentas ou avental com mangas longas.
“Estamos vigilantes e preparados para caso o Rio Grande do Norte venha a ter casos da doença, que necessita de cuidado, atenção e isolamento. Elaboramos um plano de ação para orientar os serviços de saúde do estado sobre a necessidade de implementar medidas de preparação e resposta com base na prevenção e controle da transmissão dentro desses serviços, para o alinhamento de condutas, fluxos assistenciais, exames complementares para diagnóstico e medidas de precaução e isolamento, frente a um possível aparecimento de casos no Rio Grande do Norte”, disse Lyane Ramalho, secretária-adjunta da Sesap.
A doença é uma zoonose viral (vírus transmitido aos seres humanos a partir de animais) com sintomas semelhantes aos observados no passado em pacientes com varíola, porém com uma apresentação clínica de menor gravidade.
O período de incubação é de 6 a 16 dias, podendo se estender até 21 dias.
Os sintomas são febre de início súbito, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, calafrios e exaustão.
Identificação de casos suspeitos
De acordo com a Sesap, pessoas de qualquer idade que apresentem, a partir de 15 de março, início súbito de erupção cutânea aguda sugestiva, única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital), associada a relato de febre podem ser identificadas como casos suspeitos.
Além disso, está associada ainda histórico de viagem a país endêmico ou com casos confirmados de varíola dos macacos nos 21 dias anteriores ao início dos sintomas, ou ter tido contato com pessoas com histórico de viagem a país endêmico ou país com casos confirmados da varíola dos macacos, desde 15 de março, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas.
Fonte: G1RN