Tanque ucraniano perto da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, em 6 de março de 2023.  — Foto: AP - Evgeniy Maloletka
Tanque ucraniano perto da cidade de Bakhmut, no leste da Ucrânia, em 6 de março de 2023. — Foto: AP – Evgeniy Maloletka

A cidade ucraniana de Bakhmut pode cair sob controle das tropas russas “nos próximos dias”, admitiu nesta quarta-feira (8) o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg

“Não podemos descartar que Bakhmut possa eventualmente cair nos próximos dias”, afirmou Stoltenberg em Estocolmo, à margem de uma reunião de ministros da Defesa da União Europeia.

A eventual queda, acrescentou Stoltenberg, “não reflete necessariamente um ponto de virada na guerramas ressalta que não podemos subestimar a Rússia e devemos continuar nosso apoio à Ucrânia”.

A cidade de Bakhmut, uma das principais cidades da região de Donetsk, no leste do país, é palco de combates acirrados há várias semanas, e as tropas russas conseguiram cercá-la quase completamente.

A Ucrânia prometeu continuar defendendo a cidade, embora um de seus soldados ucranianos na área tenha dito à agência de notícias AFP que a queda é inevitável e que algumas unidades já começaram a se retirar de Bakhmut.

Segundo o governo ucraniano, atualmente restam menos de 4.000 civis em Bakhmut, em comparação com os mais de 70.000 habitantes que a cidade tinha antes do início do conflito.

Em uma entrevista recente, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a queda de Bakhmut deixaria o “caminho aberto” para a Rússia.

O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, disse às autoridades no fim de semana que a captura de Bakhmut permitirá “operações ofensivas profundas nas linhas de defesa das forças armadas da Ucrânia”.

Um ano de guerra

A guerra da Ucrânia compeltou um ano no fim de fevereiro, com a perspectiva de seguir se arrastando ao longo de 2023 e ameaças de Moscou de uma retomada de territórios. O governo russo também tem dado indícios de uma possível parceria com a China.

Kiev, por outro lado, tem se apoiado no envio de armas e equipamentos militares por países do Ocidente, com os tanques alemães Leopard 2, para conseguir expulsar as tropas russas, que controlam atualmente cerca de 20% do território ucraniano, no leste do país.

 

 

 

Fonte: G1

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