O secretário nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco, chegou nesta quinta-feira (16) ao Rio Grande do Norte para auxiliar nas medidas nos presídios do estado, que vive uma onda de ataques promovidos em pelo menos 39 cidades desde terça (14). De acordo com ele, a situação neste momento é estável dentro das unidades prisionais.
“Sobre o sistema prisional, ele se encontra nesse momento estável e a gente está aqui trabalhando para manter dessa forma”, disse Velasco em coletiva.
A Secretaria de Segurança e Defesa Social do RN (Sesed) já informou que não descarta que as ordens para os ataques tenham partido de dentro dos presídios. Até esta quinta, um preso suspeito de ter envolvimento nos ataques havia sido transferido da Penitenciária Estadual de Alcaçuz para um presídio federal, mas a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) informou que solicitou mais transferências, sem especificar quantas.
Nesta quinta, uma reportagem do portal g1 revelou que duas facções rivais se uniram – em uma trégua temporária – para realizar os ataques. A motivação, segundo informações do governo federal, foi a transferência para fora do estado, em janeiro, de chefes do Sindicato do Crime, principal facção no Rio Grande do Norte.
Ao todo, 90 policiais penais de outros estados – através de um trabalho de cooperação da secretaria – vão chegar ao RN para manter a segurança e o bom funcionamento nas unidades prisionais do estado presídios. Metade dos agentes estão no estado e a outra metade chegará até esta sexta (17).
“A gente tem equipes de trabalho que estavam em treinamento com as equipes federais. Elas estão sendo direcionadas para o RN para prestar todo o apoio necessário e a cooperação ao estado. Eles atuam em sinergia com as equipes locais, para garantir que o estudo, o trabalho, e as outras atividades de ressocialização continuem acontecendo neste momento”, disse o secretário nacional de Políticas Penais, Rafael Velasco.
O titular da Seap-RN, Helton Edi Xavier, diz que os presídios estão sob controle, mas a chegada dos policiais penais federais significa uma atitude preventiva.
“Sempre é bom um reforço, no sentido da gente se prevenir para que esses eventos que estão ocorrendo fora dos presídios não venham pra dentro das cadeias e assim a gente possa resguardar a segurança dos internos e dos nossos policiais penais”, disse.
Pelo menos 39 cidades já foram alvo das ações criminosas no estado. O Rio Grande do Norte entrou nesta quinta-feira (16) no seu terceiro dia sob ataques. Criminosos têm queimado e atirado contra comércios, prédios públicos, bases da PM e veículos. Os ataques ocorrem mesmo após a chegada de 100 homens da Força Nacional, que reforçam a segurança do estado.
Fonte: G1RN
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