Ouço uma voz que me diz, lá dos confins do mundo, que a única lição importante é seguir Jesus. No Brasil, a força da mídia eletrônica influencia mais que a religião. Impõe vícios, deturpam hábitos, derrubam códigos e mandamentos. A necessidade vital de se fazer conhecer a pessoa e a mensagem de Jesus, está sendo suplantada pela liberalidade dos costumes e vícios. O postulado institucional da família com Deus está sendo mutilado. Jesus já não constitui o melhor que temos nas igrejas e o melhor que podemos oferecer hoje à sociedade moderna. E Ele continua ainda o melhor que a humanidade já produziu. Jamais deixou de ser o potencial mais admirável de luz e de esperança que os seres humanos podem contar. Somente tenho a deplorar, que sem Ele, o horizonte da história se empobrecerá caso caia no esquecimento.
A luta que se trava no país para substituir a família constituída no casamento por um homem e uma mulher, não pode submergir na crise e na confusão dos sexos. A família brasileira sofre a hostilidade ostensiva dos desajustados sob a passividade das igrejas que não se entendem. Preferem o duelo das escaramuças dogmáticas no pretório das iniquidades. Onde está o maior inimigo hoje da família propugnada nos ensinamentos cristãos? Quem levanta as multidões nas ruas para consagrar a sodomia, a droga e a subversão das leis e dos bons costumes? Todos sabem. Não preciso apontar. São pouquíssimos os religiosos que se levantam no púlpito para defender o seguimento fiel do legado de Jesus quando se contesta hoje nas ruas seus ensinamentos. Se as igrejas se unissem no plano das ideias e dos postulados bíblicos, tal decisão mudaria tudo. Se separadas, são fracas, litigantes elas não representam nada. Os cardeais, os arcebispos, bispos, pastores, apóstolos, sejam quais forem os títulos das denominações devem se unir, na hora premente e presente, para reencontrarem o eixo, a verdade, a razão e o caminho.
Sentados à mesa, devem ficar, iguais a Jesus quando instituiu na santa ceia a eucaristia. Com o exemplo oferecerão ao país e ao mundo um conteúdo realístico de adesão a Deus. É possível a unicidade: segui-lo por caminhos eclesiásticos diversos. Os aspectos e matizes do serviço a Jesus Cristo para o reino de Deus, é único e básico para todos. Neste momento crucial, em que periga a fé – com tendência a piorar – é imperativo assumir sua defesa. Seguir Jesus, defende-lo, significa eliminar a descriminação. Fazer nosso, o cristianismo – sem barreiras fronteiriças – o seu projeto integrador e includente de construção de pontes, sem conviver com mentalidade de seitas. Dos congressistas brasileiros, pouco ou quase nada se deve esperar. O papel de postular, de rebater, de se contrapor ao ilícito, cabe mesmo as igrejas que professam e creem no Pai, no Filho e no Espírito Santo. Se são três numa só pessoa, porque não uma vintena de igrejas num só ideal, sem perda da contextura de cada uma, no instante em que as luzes do mundo novo tendem a se apagar!