De acordo com Marcos Geriz, diretor da Polícia Civil da Grande Natal (Dpgran) a orientação é de que as delegacias da região continuem trabalhando, e que delegados e escrivães compareçam às delegacias. Não houve confirmação do número de delegacias que estariam paralisadas.
No interior, os flagrantes encaminhados pela Polícia Militar e registro de boletins de ocorrência ficarão a cargo das delegacias regionais, segundo Inácio Rodrigues, diretor da Delegacia de Polícia Civil do Interior (Dpcin).
Não houve avanço nas negociações na reunião do Sinpol-RN com o governo do estado que aconteceu nesta segunda-feira (4). “Nós queremos que o Governo reconheça o esforço que temos feito diariamente, inclusive, por sermos um dos piores efetivos do Brasil, cobramos também a realização do concurso público”, explica Nilton Arruda, presidente do Sindicato.
Histórico de protestos
Em outubro policiais civis fizeram um protesto contra uma proposta apresentada pelo Governo do Estado que, segundo a categoria, causaria redução de até R$ 400 no salário de parte dos servidores. A manifestação ocorreu um dia após uma reunião entre a administração estadual e o sindicato que representa os policiais.
O ato ocorreu na Delegacia Geral de Polícia (Degepol), durante um evento que celebra o aniversário de 38 anos da corporação. A governadora Fátima Bezerra (PT), que participava do evento, conversou os manifestantes e, na ocasião, uma nova reunião foi marcada.
Atualmente, os policiais contam com promoções na carreira a cada 5 anos – dentro de cada classe, eles ainda passam por variados níveis, de acordo com cursos realizados e outros parâmetros. Os policiais haviam apresentado uma proposta para que essas promoções fossem realizadas ano a ano, ao longo de 15 anos. Porém, o governo teria apresentado uma versão em que as promoções ocorreriam a cada três anos – em alguns casos, sem aumento de salários.
Delegados em negociação
A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Rio Grande do Norte (Adepol-RN) disse que aguarda reunião com o governo para apresentar interesses da classe. No entanto, não há deliberação de paralisação, já que há diálogo entre a categoria e o executivo local.
Segundo Paoulla Maués, presidente da Associação, após o encontro de negociação, a Adepol vai reunir a categoria e decidir quais medidas serão adotadas.