Acordar todo santo dia e agradecer ao tal do Criador por mais vinte e quatro horas de vida faz bem à cabeça. Mas o diabo é que o método a nós imposto pela natureza implica ações e movimentos de livre arbítrio. Desde o “doce fazer nada” até aquele “vai-e-vem gostoso”. Até gozar! Alguns fazem sexo consigo mesmo. Funciona. Acho só um pouco humilhante, na terceira idade, ter que se usar os óculos para perto pra ver a foto. E um tanto frustrante ao final. Mas vai fundo, sem remorso, pois faz bem à saúde. Não sou eu quem diz essas coisas. Todo médico sabe disso. Aliás , todo o mundo sabe. É essencial tratar bem o corpo. E trabalhar bem o espírito. Essencial ter corpo e alma em união estável. Para o cérebro funcionar melhor, é imprescindível despertar a alegria e a autoestima latente dentro de você. Afinal, nossos sentimentos se originam no cérebro e não no coração. Hoje a gente lida com o tempo de uma forma completamente diferente. Você acha que a vida moderna atrapalha? – “Ah ! mas o corre e corre da vida moderna atrapalha o meio de campo”, dizem. Discordo. A vida na Idade Média era um horror. As pessoas morriam de doenças que hoje são consideradas banais. O sofrimento era muito maior. As pessoas morriam em casa com dor. Hoje existem remédios fortíssimos. Ninguém mais sofre demasiadamente. Neste ponto, a vida moderna é uma maravilha. Se sabe hoje em dia que a duração de vida de cada um está dimensionada no campo genético. No sentido em que já se sabe da eventual alta possibilidade de morte por patologias específicas. O genoma está a falar mais alto, excetuados os incontornáveis “acidentes de percurso”.
E o que fazer para melhorar a qualidade de vida? Evitar exageros é um bom começo: na bebida, nas drogas socialmente permissíveis ou não, na comida, no mau humor, nas reclamações da vida, nos sonhos, na arrogância. Pular o poço da ambição desmedida o mais cedo possível. Conselho um tanto difícil de se dar, esse aqui. Mas parece que eu o pulei, quando era novo, acredite.
O cérebro vai se adaptando aos estímulos que recebe, e às suas necessidades. Você vê pais reclamando que os filhos não saem da internet. Mas eles têm de fazer isso porque o cérebro deles funciona assim, com uma rapidez até então desconhecida. Eles têm de entrar nesse clique senão vão ficar para trás. Isso faz parte do mundo em que a gente vive. E o cérebro correndo atrás, se adaptando.