SÉRIES –
Começo a apertar as setas do controle remoto. Para frente. Para trás. Até agora nada. Procuro uma nova série. Que me emocione! Capaz de extrair de mim suspiros, lágrimas e gargalhadas espontâneas. Maratonei “This is us” e fui consumida pelos personagens. Passei semanas tentando digerir todos os acontecimentos e até hoje me pego pensando no “e se…” que me persegue sempre que termino filmes, livros e séries. Os bons, claro!
Nestes dias sigo a rotina de, além do trabalho, tentar, ao menos, ler, escrever e assistir a algo bom. Nunca gostei de ler dois livros ao mesmo tempo ou ver duas séries concomitantemente. Mas também nunca passei por uma pandemia! Então, o NUNCA tomou uma dimensão bem diferente do que tinha no passado: virou um obstáculo a ser vencido!
Sendo assim, estou lendo um livro no Fênix Koboboy (FK) e outro onde posso usar meus marcadores de páginas fofos e enfeitados. Optei por reler Machado de Assis no FK após nosso caçula reclamar intensamente de Memórias Póstumas de Brás Cubas. Quem tem direito de reclamar de Brás? Quem? Sentei com ele e usei aquela frase terrível que me assusta: Você sabe de quem está falando? Brás, querido! Brás! Um dos personagens mais fantásticos que já existiu! Depois de tanto insistir sobre a genialidade de Machado, lá fui eu reler Dom Casmurro. Deu saudade! Como amo… E, ao mesmo tempo… Me dei ao luxo de ler contos. Daqueles sem pé e sem cabeça que nos fazem fechar o livro com rispidez e perguntar: o autor enlouqueceu?
Por isto, temos livros para serem lidos como e-books e livros para serem lidos fisicamente. Fechar um livro com um clique não tem o mesmo impacto que o fechar batendo as páginas. Machado de Assis merece a delicadeza do clique, enquanto estes contos que me exasperam e me deliciam…
Enfim! Volto às séries. Temos as séries de nós dois. Aquelas assistidas com pipocas e potes de sorvetes, geralmente ao fim do dia. Modern Family, Seinfeld, The Office. São momentos nossos. As outras são assistidas sozinha. Meus momentos… Geralmente, mesmo no calor de nossa cidade, assisto a estas séries enrolada num cobertor, garrafinha de água ao meu lado, assim como um pote de uvas passas, damasco seco e biscoitos calóricos. Pretinha deitada sobre meu joelho e, de repente, levanta as orelhas quando me ouve chorar. Amo séries chorosas, sofridas.
Pretinha sofre com meu choro e, quando tento abraçá-la e digo que está tudo bem, ela vira e sai balançando seu rabo, num requebrado próprio desta Yorkshire afetuosa e insana, me dizendo: cansei de seu sentimentalismo. Prefere ficar sozinha sob nossa estante de livros.
E eu, sozinha, de nariz vermelho, olhos inchados, sofrendo pelos personagens que me encantam e me acompanham neste período de incertezas… Continuo enrolada no meu cobertor sofrendo por antecipação pelo momento que esta série também vai acabar…
Bárbara Seabra – Cirurgiã-dentista e Professora universitária
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