Servidores da Saúde e professores da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte realizaram uma manifestação na manhã de ontem (13), em Natal, em protesto contra atraso no pagamento dos salários. O movimento fechou a Governadoria – sede do Poder Executivo Estadual e houve acirramento de ânimos durante uma tentativa de ocupação do prédio. Os policiais militares que fazem a segurança do local chegaram a usar spray de pimenta para dispersar os manifestantes e evitar a entrada deles.
As duas categorias estão em greve. De acordo com o Sindsaúde, 13 mil servidores, além dos médicos que atuam nas unidades estaduais de saúde, entraram em greve nesta segunda-feira (13). No entanto a paralisação não atinge os serviços de urgência e emergência nos hospitais potiguares, de acordo com o sindicato. Devem ficar suspensas, por exemplo, marcações de exames ambulatoriais e consultas que não se encaixam em urgência e emergência.
Já as aulas da UERN estão suspensas desde a última sexta-feira (10), quando foi deflagrada a greve dos professores. De acordo com a Associação dos Docentes da universidade, os cerca de 1,2 mil professores do ensino superior suspenderam atividades por tempo ideterminado nos campus da instituição em todo o estado.
Procurado, o governo do estado afirmou que “em função do acirramento dos ânimos dos servidores, não há previsão para uma reunião entre o governo e manifestantes”.
A pauta das duas categorias é a mesma: os atrasos nos salários dos servidores estaduais. De acordo com os coordendores dos sindicatos, há 20 meses o governo vem atrasando os pagamento dos trabalhadores, pagando salários de forma parcelada e escalonada. Somente na última sexta-feira (10), foram concluídos os depósitos da folha de setembro, por exemplo.
Os sindicatos ainda reclamam que os servidores que recebem até R$ 2 mil, cujos salários de outubro seriam depositados na última sexta-feira (10) não receberam o pagamento até agora.
Fonte: G1RN