O volume de serviços prestados no Brasil avançou 1,7% em junho, na comparação com maio – foi a terceira alta seguida, acumulando ganho de 4,4% no período – apontam os dados divulgados nesta quinta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação a junho de 2020, a alta foi de 21,1%.
Com o resultado, o setor de serviços, que possui o maior peso no PIB (Produto Interno Bruto), registrou alta de 2% no 2º trimestre, na comparação com os três primeiros meses do ano.
No acumulado do 1º semestre, o setor tem alta de 9,5%, na comparação com igual semestre do ano passado.
De acordo com o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, essa foi a taxa semestral “mais alta de toda a série, iniciada em 2012, devido à baixa base de comparação”.
O crescimento semestral foi acompanhado por todas as grandes atividades pesquisadas e em mais da metade (63,3%) dos 166 tipos de serviços investigados.
“Até o acumulado de maio apenas os serviços prestados às famílias estavam no campo negativo. Com as informações de junho, esse segmento se juntou aos demais no campo positivo. Todos cresceram em qualquer comparação”, destacou Lobo.
Em 12 meses, o setor acumulou ganho de 0,4%, com o indicador voltando ao campo positivo após 14 taxas negativas consecutivas.
Segundo o IBGE, com o resultado de junho o setor alcançou o patamar mais elevado desde maio de 2016. Mesmo com o avanço, o setor ainda está 9,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014.
A alta de junho foi acompanhada por todas as cinco atividades investigadas, com destaque para o avanço em serviços de informação e comunicação (2,5%), transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%) e de serviços prestados às famílias (8,1%).
Veja abaixo a variação dos subgrupos de cada uma grandes atividades:
Com o desempenho em junho, o setor de serviços recuperou ainda mais as perdas registradas com a pandemia. O patamar do volume de serviços prestados no país ficou 2,4% acima do registrado em fevereiro de 2020 – em maio, essa distância era de apenas 0,2%.
Dentre as 17 atividades principais do setor, nove superaram o patamar pré-pandemia. A que mais se destacou foi a de tecnologia da informação, seguida por armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correios.
Na outra ponta estão os serviços prestados às famílias e os de alojamento e alimentação, que têm caráter mais presencial e ainda não conseguiram retomar o pleno funcionamento. Segundo o gerente da pesquisa, isso acontece “porque ainda há algum receio da população em consumir serviços dessa natureza, além das restrições de funcionamento em alguns estabelecimentos”.
Na comparação com maio, o crescimento do volume de serviços prestados no país foi observado em 23 das 27 unidades da federação.
Os avanços mais expressivos foram registrados no Rio de Janeiro (5,4%), São Paulo (0,5%), Minas Gerais (2,4%), Rio Grande do Sul (3,4%), Pernambuco (5,4%), Santa Catarina (3,1%) e Distrito Federal (3,3%).
Registraram taxa negativa apenas Mato Grosso (-5,0%), Bahia (-0,8%) e Tocantins (-1,8%). Já em Alagoas (0,0%) a variação foi nula, ou seja, houve estagnação.
O índice de atividades turísticas subiu 11,9% frente a maio, na segunda taxa positiva consecutiva. Apesar de manter a trajetória de recuperação, o segmento de ainda necessita crescer 29,5% para retornar ao patamar pré-pandemia.
Regionalmente, todos os 12 locais pesquisados acompanharam o movimento de expansão na atividade turística, com destaque para São Paulo (5,3%), Rio de Janeiro (12,4%) e Minas Gerais (19,7%).
As expectativas para o setor de serviços no segundo semestre seguem otimistas. O Índice de Confiança de Serviços, mensurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), alcançou, em julho, o maior nível desde março de 2014. Foi o quarto mês seguido de avanço do indicador.
Todavia, apesar do avanço da vacinação contra o coronavírus e da reabertura gradual da economia, a recuperação da atividade econômica tem mostrado perda de fôlego nos últimos meses em meio à escalada da inflação, recuperação tímida do mercado de trabalho e aumento das incertezas fiscais e políticas.
Nesta quarta-feira, o IBGE mostrou que as vendas do comércio caíram 1,7% em junho após dois meses de alta. Já a produção industrial brasileira ficou estagnada em junho, acumulando uma perda de 2,5% no segundo trimestre.
A expectativa atual do mercado é 5,3% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, conforme apontou a última pesquisa Focus do Banco Central. Já para 2022, a projeção dos analistas das instituições financeiras diminuiu de 2,10% para 2,05%.
A estimativa para a inflação, por sua vez, foi elevada pela 18ª semana seguida pelos analistas, que passaram a prever o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 6,88% ao final de 2021. Os analistas também aumentaram de 7% para 7,25% ao ano a previsão para a taxa básica de jutos no fim de 2021. Com isso, são esperadas novas altas na Selic nos próximos meses.
Na ata de sua última reunião, quando elevou a Selic para 5,25% ao ano, o Comitê de Política Monetária do Banco Central avaliou que a inflação ao consumidor continua se revelando “persistente”, indicando uma nova alta de um ponto percentual no juro básico em sua próxima reunião, marcada para 21 e 22 de setembro.
Fonte: G1
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