O volume do setor de serviços do país fechou 2016 em queda de 5%, a maior da série histórica do indicador, que teve início em 2012, segundo informou nesta quarta-feira (15) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2016, foram os transportes que puxaram para baixo o desempenho do setor de serviços, de acordo com a pesquisa. A queda registrada pelo segmento foi de 7,6%, com destaque para transporte terrestre, que recuou 10,4%.
“É importante ressaltar a forte dependência do transporte de cargas (rodoviário, ferroviário e dutoviário) em relação ao setor industrial, maior demandante deste serviço, tanto para o consumo de matérias-primas, como para a distribuição da produção. Dessa forma a recuperação dessa atividade vai depender da recuperação do setor industrial”, explicou o IBGE.
O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares – como serviços jurídicos, contábeis, de auditoria, consultoria empresarial – também registrou forte queda, de 5,5% em 2016. Os serviços técnico-profissionais, por exemplo, recuaram 11,4%.
“Essas atividades, que abrangem serviços intensivos em conhecimento, dependem da demanda de outros setores institucionais, como indústria, comércio e governos, que restringiram seus gastos e investimentos em 2016, afetando sobremaneira seus resultados”, justificou o IBGE.
Em dezembro, o setor de serviços cresceu 0,6%, após ter registrado alta de 0,2% em novembro e recuo de 2,3% em outubro. Na comparação com dezembro de 2015, o segmento de serviços recuou 5,7%, a maior queda para o mês de dezembro nessa comparação desde o início da série em 2012.