O volume do setor de serviços do país avançou 1,3% em junho frente a maio na série com ajuste sazonal, informou nesta quarta-feira (16) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior variação mensal para o mês de junho desde 2012, quando foi iniciada a série histórica da pesquisa.
Este foi o terceiro resultado positivo na variação mensal (mês contra mês anterior). Porém, conforme ponderou o analista da coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Roberto Saldanha, ainda não é possível apontar uma recuperação do setor.
“Apesar de ter tido um crescimento de 1,3% na margem, não foi suficiente para reverter o resultado negativo do acumulado no ano. O setor começou a cair em junho de 2015, começou a estacionar em junho de 2016 e ainda não houve reversão. Então, ainda não podemos afirmar que há recuperação”, afirmou.
“O setor de serviços é o último a entrar na crise e o último a sair”, acrescentou Saldanha. Segundo o pesquisador, a recuperação do setor só será possível após a recuperação da indústria no país. “O setor industrial é o maior demandante de serviços no país”, explicou.
Embora afirme que ainda não é possível falar em recuperação do setor de serviços, o economista apontou que o pior já passou. “Os piores resultados já passaram. Se observarmos uma trajetória desde outubro do ano passado, ali foram os piores resultados”, acrescentou Saldanha.
O IBGE revisou os dados do setor de serviços de maio. Ao contrário do avanço de 0,1%, que o deixou praticamente estável na passagem de abril para maio, a alta foi de 0,5%, uma diferença de 0,4 pontos percentuais.
No acumulado do ano, o índice recuou 4,1%, o segundo pior desempenho da série. Em junho do ano passado, a retração nesta base de comparação havia sido de 4,9%. Em 2012, o primeiro semestre encerrou com alta de 4,4%.
Situação parecida ocorreu com o resultado acumulado em 12 meses – o recuo de 4,7% foi menor que em junho do ano passado (-4,9%), mas distante do melhor resultado nesta base de comparação, registrado em junho de 2013, quando apresentou alta de 4,1%.
Fonte: G1
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