As contas do setor público consolidado, que englobam o governo federal, os estados, municípios e as empresas estatais, registraram déficit primário de R$ 909 milhões em novembro, informou o Banco Central nesta quinta-feira (28).
Isso significa que a despesa desses entes foi R$ 909 milhões superior às receitas deles com impostos e contribuições no mês passado. Essa conta, porém, não inclui os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública.
Apesar de negativo, esse foi o melhor resultado para novembro desde 2013, quando houve um superávit de R$ 29,75 bilhões. No mesmo mês de 2014, 2015 e de 2016, foram registrados rombos de, respectivamente, R$ 8,08 bilhões, R$ 19,56 bilhões e de R$ 39,14 bilhões.
“Houve em novembro uma receita extraordinária com leilão de usinas hidrelétricas, de R$ 12,1 bilhões”, afirmou Renato Bandini, chefe-adjunto do Departamento de Estatística do BC.
Além disso, ele acrescentou que, no ano passado, uma despesa com precatórios se concentrou nos dois últimos meses de 2016. Neste ano, segundo Baldini, a despesa com precatórios da União ocorreu em maio e junho – o que também contribuiu para melhorar o resultado de novembro.
Se considerado o acumulado de janeiro a novembro, as contas do setor público consolidado registram déficit, ou seja, despesas maiores que receitas, de R$ 78,26 bilhões. Essa conta também não considera os gastos com o pagamento de juros da dívida pública.
Com isso, houve melhora frente ao mesmo período do ano passado, quando foi registrado um rombo fiscal de R$ 85,05 bilhões, segundo números do Banco Central.
De acordo com a autoridade monetária, o rombo nos onze primeiros meses de 2017 ocorre pelo desempenho das contas do governo federal, que registraram resultado negativo de R$ 96,27 bilhões.
Estados e empresas estatais, ao contrário, tiveram superávit, ou seja, receitas maiores que despesas, de R$ 17,18 bilhões e R$ 829 milhões, respectivamente, no mesmo período. Esses resultados contribuíram para reduzir o rombo do setor público consolidado.
Fonte: G1