O Sindicato da Indústria de Pesca do Estado do Rio Grande do Norte (Sindipesca) realizou, na segunda-feira, 28, o mini-curso ‘Identificação do agulhões e tubarões capturados pela frota atuneira de Natal/RN’, ministrado pelo professor Garcia Júnior, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, que integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).
“Quanto mais recebemos informações dos mestres pescadores, mais temos dados para planejar as ações de preservação. Com isso pode melhorar a pesca e pode mudar a imagem dos pescadores e preservar as espécies, é bom para todos”, disse o professor Garcia.
O curso é parte de uma parceria formada entre o ICMBIO e os mestres e pescadores da frota atuneira para conservação das espécies marítmas. “Esta parceria é uma forma deles nos ajudarem a tomar conta das grandes áreas oceânicas, para que eles sejam também os nossos olhos no mar”, disse a analista de preservação do ICMBIO, Mônica Brick Peres.
Durante o curso é demonstrado detalhes da fisiologia das espécies para que os pescadores possam identificar e jogar de volta ao mar, e assim atuarem como preservadores dessas espécies de tartarugas, agulhões e tubarões. De acordo com Mônica os próprios pescadores escolheram o nome da parceria que é voluntária, e se chama ‘Parceiros do Oceano Atlântico’. “Começamos com 6 seis mestres e agora já estamos com 50”, disse a analista.
Instituto Chico Mendes – O Instituto executa as ações do Sistema Nacional de Unidades de Conservação, podendo propor, implantar, gerir, proteger, fiscalizar e monitorar as Unidades de Conservação (UCs) instituídas pela União. Cabe a ele ainda fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da biodiversidade e exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das UCso federais.
Pesca do atum – Atualmente, o Brasil pesca em torno de 50 mil toneladas de atum por ano. Há sete anos, essa pesca ficava próxima de 25 mil toneladas, o que demonstra a tendência de crescimento. Do Rio Grande do Norte sai 80% das exportações brasileira deste pescado.
Fonte: Jô Lopes – repórter do Portal da FIERN e Revista da Indústria