SISTEMA BANCÁRIO INTERNACIONAL –

O Brasil com S é algo diferente, quase uma fantasia multinacional, caleidoscópica, travestido com indumentárias portuguesas, batavas, francesas, tupiniquins, em desfile desde 22 de abril de 1500 até os dias atuais.

O Sambódromo da Marquês de Sapucaí rivaliza com o amazônico Festival de Parintins, onde o que não falta é a exuberância da mulher brasileira, com samba no pé, a rebolar a sexualidade e seu corpo dourado pelo sol.

O lugar-tenente do Príncipe João Maurício de Nassau, em Pernambuco, durante a Invasão Holandesa, o clérigo belga Caspar van Baerle, latinizado Caspar Barlaeus, enunciava: “Não há pecado abaixo da Linha do Equador” (ultra equinoxialem non pecari).

Seu povo é uma geleia real étnica.

É o segundo país negro do mundo, depois da Nigéria, enquanto os políticos falam em minoria negra! Verdadeiro samba do crioulo doido, no dizer do saudoso Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto).

O sistema bancário internacional, desde os fenícios, reconhecidamente imbatíveis mercantes, a varrer o Mare Nostrum, dedicando-se a enfeixar os recursos argentários e a movimentar, direta e indiretamente, a mola do mundo – o PODER FINANCEIRO, continua sua saga financeira, avassaladora.

Nomes, formas e interesses sempre ondulam ao sabor dos tempos.

O ciclo dos Descobrimentos somente foi possível com a chegada dos judeus pela região raiana, face os Reis de Espanha os expulsarem, ao assinarem o Decreto de Alhambra.

As judiarias trouxeram o conhecimento científico e o vil metal, por intermédio do maior banqueiro de todos os tempos, que foi o judeu Jakob Fugger (O Rico), que financiava os potentados europeus e, especialmente, o Papa, mediante direitos de concessão de indulgências.

Os meandros do sistema bancário internacional, em Portugal, eram comandados pelo preposto de Fugger – Fernão de Noronha –, asturiano, cristão novo, concessionário da primeira Capitania Hereditária “brasileira”, nominada Ilha de Fernando de Loronha (Noronha), antes denominada Ilha de São João Batista e, depois, Ilha da Quaresma.

A concessão era para explorar o pau brasil!

Mas, quem era este homem Fernão de Noronha, também conhecido por Fernando de Loronha, senhor de cutelo e baraço, todo poderoso do sistema bancário, representante de Jakob Fugger?

Ora, simples!

Esse cristão-novo, sefardita, Fernando de Noronha, tornou-se o sogro do belmontense Pedro Álvares Cabral, que casou, em 1503, com sua filha legítima D. Isabel de Castro, devendo-se relembrar que seu pai foi homem do Conselho de el-Rey D. João II e governador da Casa da Princesa D. Joana, registrando-se que ele foi Cavaleiro das Casas de dois monarcas lusitanos: D. Manuel I e D. João III.

O preposto de Jakob Fugger era financista, comerciante e sobretudo armador naval, afirmando-se que coração de banqueiro é a caixa forte, por onde circula a monetização!

José Carlos Gentili, historiador e membro da

Academia das Ciências de Lisboa. Autor da obra

Vivências. Estudioso e palestrante em Belmonte-Portugal.

 

 

 

 

José Carlos Gentili – Membro da Academia de Letras de Brasília e da Academia das Ciências de Lisboa

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