Policial ucraniano observa corpos cobertos após ataque russo a estação de trem em Kramatorsk, usada como rota de evacuação para civis — Foto: FADEL SENNA / AFP
Policial ucraniano observa corpos cobertos após ataque russo a estação de trem em Kramatorsk, usada como rota de evacuação para civis — Foto: FADEL SENNA / AFP

Ao menos 50 pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas por conta de um ataque aéreo a uma estação de trem na manhã desta sexta-feira (8) em Kramatorsk, na região de Donetsk, no leste da Ucrânia. O governo ucraniano acusa a Rússia de ter realizado deliberadamente o ataque, o que Moscou nega.

Segundo a companhia que administra a malha ferroviária da Ucrânia, dois mísseis atingiram a estação de Kramatorsk de manhã. De acordo com o governador da região, Pavlo Kyrylenko, 4 mil pessoas estavam na estação no momento do ataque. Elas se enfileiravam para tentar entrar em trens e deixar a região.

Há dois dias, a Ucrânia pede que moradores das cidades do leste da Ucrânia deixem às pressas a região, onde, segundo Kiev, Moscou prepara fortes ataques.

Kyrylenko afirma que os ataques foram feitos por artilharia russa. O Kremlin e o Ministério da Defesa da Rússia negaram que as forças russas sejam responsáveis pelo ataque. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que as tropas não tinham missões previstas para a região nesta sexta-feira (8).

Bombas de fragmentação

Kyrylenko, afirmou ainda que a Rússia utilizou bombas de fragmentação, munição proibida em 2008 por uma convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) que espalha várias mini-bombas na região atingida, espalhando as explosões para vários lados em alta velocidade.

A Rússia, no entanto, não é signatária do tratado da ONU que proíbe a bomba.

Já líderes separatistas da região de Donetsk alegaram que os mísseis foram “uma provocação da Ucrânia”, o que Kiev nega.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, culpou a Rússia pelo ataque a “milhares de ucranianos pacíficos esperando para serem retirados da área”. Kiev afirmou ainda que os bombardeios a civis foram intencionais.

Desde o início da semana, a Ucrânia e a Otan afirmam que Moscou prepara uma nova onda de bombardeios no leste e no sul do país.

Fonte: G1

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