SOBRE “PAULADAS” –
Caminhando ontem em Ponta Negra encontrei um querido amigo meio petezado, que após o abraço fraterno se apressou em indagar:
– Tô sentindo falta de umas “pauladas” suas em Temer.
Expliquei a ele umas coisas que reproduzo aqui.
Quando você mora numa cidade violenta, comenta sobre isso. Mas se um ladrão lhe roubar, além de comentar, você baixa o pau especificamente, o chamando mais incisivamente de um monte de coisas.
Se você mora num Pais cheio de traidores, você certamente fala sobre isso. Mas se alguém trair a você, esse alguém vira seu alvo principal.
Sei que Temer é cabra safado, ladrão, e já bati nele. Mas como nunca votei no PMDB e não tenho proximidade com ele e nem o partido, não tenho aquela vontade e nem ira de bater nele.
Lula, Dilma e PT eram meus ídolos, partido amado demais que brigava e votava. Perguntem a minha esposa quantas brigas tive com parentes dela e outros, defendendo o PT e Lula.
Então bater em quem me traiu é uma coisa que faço com vontade, pois me senti sacaneado. Já nos demais eu bato, mas só quando tô a fim.
E tem mais, as mídias sociais não me pagam para bater todo dia. Portanto, sendo livre como sou e sem filiação partidária e nem vínculo com nada e nem ninguém, bato em quem quiser, na hora que quiser e se quiser.
Quem estiver sentindo falta de porrada em alguém, que bata. Eu por exemplo, não terceirizo batida.
Flávio Rezende – Jornalista e ativista social
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