A sonda Marsis, da Agência Espacial Europeia (ESA), indica a existência de novos reservatórios de água em Marte, de acordo com estudo publicado na segunda-feira (28) na “Nature Astronomy”. O trabalho foi liderado por pesquisadores da Universidade de Roma III (Università Roma Ter).
Em 2018, evidências de água líquida no planeta já tinham sido apontadas em outra pesquisa assinada por pesquisadores que também participaram deste novo estudo. A descoberta então publicada na “Science” foi agora reforçada. O reservatório encontrado há dois anos pelos cientistas também é relatado no artigo nesta terça, que também trata de novas áreas úmidas próximas daquela região.
As pesquisas indicam que o polo sul do planeta vermelho tem água em estado líquido, mas uma água salobra abaixo de uma camada de gelo. A sonda não é capaz de fazer perfurações e, por isso, não é possível dizer qual é a profundidade dos lagos marcianos.
Busca por vida
Para os pesquisadores, a descoberta mantém a expectativa sobre se é possível que seja encontrada vida no planeta, já que a água é essencial para a existência de organismos vivos.
Os cientistas já tentam há muito tempo provar a existência de água líquida em Marte. Antes dos pesquisadores italianos, a Nasa já tinha apontado outras evidências. Em 2015, a agência anunciou que o robô Curiosity descobriu sinais da existência de ‘salmouras’ na superfície do planeta, formadas quando os sais no solo, chamados de percloratos, absorvem vapor de água da atmosfera.
Em julho deste ano, a agência espacial americana (Nasa) lançou a Mars 2020, missão que aterrissará na parte norte de Marte. O robô Perseverance chegará ao planeta (a nave ainda está viajando) e coletará amostras. Nessa região, há uma cratera com sedimentos similares aos encontrados na Terra, que, como esperam os astrônomos, podem conter vestígios de vida.
Fonte: G1