SORRIR, UM DIREITO DE TODOS! –
A Atenção Primária a Saúde (APS) é o acesso inicial das ações e serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) e surgiu como uma estratégia de reorganização de atenção à saúde, de forma regionalizada, sistematizada e contínua. Atualmente, a principal estratégia de configuração da APS é a Saúde da Família ou Estratégia Saúde da Família, visando a ampliação da cobertura populacional e efetiva implementação de suas ações. No entanto, apesar dos avanços, ainda é grande o desafio da organização da Atenção Primária à Saúde (APS) no âmbito odontológico, considerado um componente crítico do sistema de saúde.
Para o atendimento a pacientes com necessidades especiais existem os Centros de Especialidades Odontológicas (CEOS), mas nem todos os municípios oferecem esse serviço. Há ainda uma grande demanda desse público sem atendimento odontológico.
Pacientes especiais, como os pacientes com câncer, precisam de um atendimento odontológico especializado e sistemático, antes, durante e após o tratamento oncológico. Daí a necessidade do dentista em hospitais que tratam o câncer ou em Organizações não Governamentais (ONGs). Mas, nem sempre existe a presença do cirurgião dentista nas equipes interdisciplinares da terapêutica oncológica.
As modalidades terapêuticas do câncer são: quimioterapia, radioterapia, cirurgia e transplante de medula óssea, que são realizadas isoladas ou associadas. A quimioterapia, por não ser seletiva, causa vários efeitos colaterais e um dos primeiros locais a sofrer esses efeitos é a boca, envolvendo não só a mucosa como os dentes.
O ideal é que todo paciente antes de iniciar o tratamento do câncer passe pelo dentista, para remover qualquer foco infeccioso que possa agudizar e pôr o paciente em risco durante a quimioterapia, quando sua imunidade estará baixa. Todo tratamento curativo, como: restaurações, exodontias, remoção de tártaro, deve ser realizado, se possível, antes do tratamento.
Pode surgir também a mucosite oral que é a inflamação da mucosa – condição bastante dolorosa que impede o paciente de se alimentar, deglutir, falar, podendo atrasar o protocolo de tratamento oncológico ou até mesmo interrompê-lo. A mucosite pode causar uma infecção sistêmica, aumentando o grau de morbidade e/ou mortalidade.
Pacientes que usam aparelho ortodôntico não podem iniciar o tratamento oncológico sem antes removê-lo, pois pode traumatizar a mucosa oral que estará fragilizada em decorrência do tratamento.
Os pacientes com câncer precisam de um atendimento integral, baseado nisso, a Casa Durval Paiva oferece aos seus usuários atendimento odontológico antes, durante e após a terapêutica oncológica, tanto ambulatorial, como hospitalar.
Simone Norat Campos – Dentista da Casa Durval Paiva, CRO/RN 1784
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