STAFF DE BOLSONARO SEM TOMA LÁ DÁ CÁ! –
A equipe próxima a Bolsonaro chegará ao Congresso composta de filhos, generais e demais militares eleitos democraticamente, além do ministro Onyx Lorenzoni e do general Santos Cruz na linha de frente das articulações políticas “defensivas”. Bolsonaro se revela menos militar e mais político, ao tomar decisões sob crítica antecipada. Noticiou-se semana passada que desistira de nomear o filho Carlos Bolsonaro, aventado para o cargo de ministro da comunicação social, em razão de repercussão negativa pelos comentários de possível nepotismo. Agiu o Jair Bolsonaro político, rápido, em comentário público online com o desmentido.
“Não haverá fisiologismo!”, diz o outro filho, deputado Eduardo Bolsonaro, em entrevista na Globo News, a respeito dos nomes escolhidos para os ministérios entrantes. Para se ter uma ideia da nova composição de forças do próximo governo, Eduardo Bolsonaro, advogado, ex-policial federal, é agora o deputado federal com votação mais expressiva da história, com quase 2 milhões de votos. Disse ainda o deputado que os ministros estão sendo escolhidos “com muito critério” e sem o chamado toma lá dá cá. Sem conchavos, que redundam em corrupção, disse.
A propósito da expressão composta, o professor e acadêmico Evanildo Bechara referiu-se à queda dos hifens em “toma lá dá cá”, assim como nas construções “pé de moleque”, “pôr do sol”, entre outras. Mas, “arco-da-velha” pode! vai entender as minudências dos filólogos!
No entanto nem tudo são águas mansas nessa articulação ou fase de transição para o incipiente governo, o vice, general Hamilton Mourão, confidenciou à mídia, que já anunciavam um ministério para o senador derrotado nas urnas Magno Malta: “Acho que teremos que arranjar um deserto para esse camelo!”. Ao que parece arranjaram. Foi anunciado que o presidente eleito convidou a pastora e advogada Damares Alves, ex-secretária do senador Magno Malta, para assumir o Ministério de Direitos Humanos, Família e Mulheres, considerada uma defensora de pautas conservadoras.
No mais haverá um ministro astronauta, ou astronauta ministro, no entanto revelado com bagagem e preparo científico para o mister que enfrentará. Para a pasta da agricultura, a primeira mulher ministra anunciada. A deputada federal Tereza Cristina, que insinuaram ter concedido incentivos fiscais ao grupo JBS, quando secretária do governo de MS. À época a JBS arrendava terras aos magotes para criação de bois. Bolsonaro alegou que isso seria mais uma ilação de oposicionistas, já que “nem processo existiria”;no entanto, a oposição, pelo visto, será imperturbável em arrostar o Bolsonarismo no poder.
O certo é que os futuros ministros não terão folga no jargão da atribuição trabalho. O país enfrenta a crise de gestão desde que foram anunciados os factuais rombos financeiros em várias áreas de governo. Atingiu as governanças estaduais e municipais, notadamente os que investiram além da conta nos megaeventos esportivos, do campeonato mundial e da Olimpíadas do Rio, ambos com bilhões de reais em passivo orçamentário.
O que esperar da equipe ministerial desta nova era ideológica e de austeridade (marcial) administrativa? Promessas de novidades, ingente torcida para que ao menos haja crescimento econômico e queda do desemprego estratosférico; pois, como diz o jargão popular, pior do que está não pode ficar!
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