A Polícia Federal (PF) cumpriu na manhã desta terça-feira (5) mandados de busca e apreensão, e sequestro de bens. A operação foi autorizada pelo ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação se refere a inquérito aberto em maio do ano passado para investigar supostos repasses de cerca de R$ 40 milhões da J&F a políticos do MDB durante a campanha eleitoral de 2014. A ação da PF mira supostos operadores do repasse. Fatos foram relatados na delação premiada fechada em 2017.
Os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) foram intimados a depor sobre os fatos apurados na operação.
A defesa de Renan afirmou que o senador “não foi alvo de operação. Entregaram uma simples intimação para prestar esclarecimentos. Nada mais que isso”. A defesa de Eduardo Braga confirmou que o senado recebeu uma solicitação para prestar esclarecimentos sobre inquérito em investigação no STF. Segundo o advogado, o senador “sempre se colocou à disposição para colaborar com qualquer investigação”.
O ministro do Tribunal de Contas da União, Vital do Rêgo, também foi intimado para prestar depoimento. A assessoria de Vital do Rêgo afirmou, por meio de nota, que o ministro “é o maior interessado em esclarecer os fatos e, portanto, atenderá a solicitação do depoimento, colaborando com a Justiça, como sempre tem feito”.
O senador Jader Barbalho (MDB-PA) também foi intimado a depor. Segundo sua assessoria, o senador entrou em contato com a Polícia Federal para agendar uma nova data para prestar “todos os esclarecimentos necessários”.
Ricardo Saud, por sua vez, afirmou – segundo a PGR – que houve pagamento de aproximadamente R$ 46 milhões a senadores do MDB, a pedido do PT.
Segundo o delator, apesar de diversas doações terem sido realizadas de forma oficial, “tratava-se de vantagem indevida, uma vez que dirigentes do PT estariam comprando o apoio de peemedebistas para as eleições de 2014 como forma de assegurar a aliança entre os partidos”.
Fonte: G1