Ao que tudo indica, a recessão ficou mesmo para trás, de acordo com economistas consultados pelo Portal G1. Além da boa surpresa da supersafra de grãos, a inflação em queda e os cortes de juros melhoraram as perspectivas de que a economia brasileira finalmente conseguirá ganhar fôlego e entrar numa nova fase. O vai e vem de indicadores ora positivos, ora negativos em alguns setores, entretanto, retratam uma recuperação ainda oscilante e não disseminada, segundo os analistas, o que torna a retomada lenta e modesta, num cenário ainda marcado por fraca demanda e desemprego alto.
As projeções apontam para um crescimento forte da economia no 1º trimestre, puxado quase que exclusivamente pelo agronegócio, o que deve garantir que o país registre o primeiro PIB (Produto Interno Bruto) positivo após 8 trimestres seguidos de contração. No ano passado, a economia brasileira aprofundou a crise ao encolher 3,6%, marcando a mais longa recessão da história.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, estima que a economia deve ter crescido entre 0,7% e 0,8% entre janeiro e março, na comparação com o quarto trimestre do ano passado. Já as projeções do mercado variam de 0,4% a até mais de 1%. Para o ano, a maioria dos analistas continuam esperando um crescimento abaixo de 0,5%. Os números oficiais do PIB do 1º trimestre serão divulgados pelo IBGE no dia 1º de junho.
A indústria, por exemplo, deve registrar PIB positivo no 1º trimestre, mas a queda de 1,8% na produção industrial em março veio pior do que o esperado, o que coloca pressão para o PIB do 2º trimestre. A despeito da recuperação de setores como o de produção de veículos, os indicadores continuam oscilando e a ociosidade permanece elevada, com taxa de utilização da capacidade instalada estacionada ao redor de 77%. Pesa ainda o encolhimento da construção civil, em meio ao abalo provocado pelo operação Lava Jato na construtoras e ao excesso de oferta de imóveis.
No setor de serviços, a queda de 2,2% em janeiro se transformou numa alta de 0,2% após o IBGE revisar a sua base de comparação. Mas os indicadores oscilantes de segmentos como comércio em meio ao alto endividamento das famílias e aumento do desemprego.
Do lado do consumo, apesar da inadimplência alta e da perda do poder de compra das famílias, a boa notícia vem da queda acentuada da inflação. “Estamos vendo ajustes salariais na casa dos 5%. Isso está dando um incremento real na renda”, destaca a economista.
Dados do salariômetro, da Fipe, apontam que em abril os reajustes salariais médios ficaram acima da inflação pelo terceiro mês seguido. O cenário de juros em queda tende também a melhorar as condições de crédito e beneficiar a recuperação do consumo.
O entendimento geral dos economistas, entretanto, é que em meio ao colapso das contas públicas e baixo poder de compra do brasileiro, o impulso para a retomada dependerá mesmo do aumentos dos investimentos privados e estrangeiros. Em 2016, os investimentos caíram 10,2%, na terceira queda anual consecutiva, segundo o IBGE.
A aposta geral é que, confirmada a expectativa de aprovação das reformas da Previdência e trabalhista, os investimentos ganharão impulso a partir 2018, beneficiados também por desembolsos dos projetos dos últimos leilões de energia e os da área do pré-sal previstos para o 2º semestre.
Apesar dos sinais promissores de melhora, há quase que um consenso de que a recuperação será mais lenta do que se gostaria e não desprovida de alguma turbulência em meio ao cenário político ainda conturbado.
*Fonte: G1
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