Após a divulgação de imagens de satélite mostrando o deslocamento da fumaça, a NASA diz que os focos de incêndio na floresta amazônica têm assinatura do desmatamento.

Pesquisadores da agência espacial norte-americana endossaram o aumento expressivo diagnosticado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Segundo o órgão brasileiro, entre janeiro e agosto, os incêndios na Amazônia atingiram o maior número desde 2013.

De acordo com matéria do jornal Folha de São Paulo, a NASA relaciona os focos com o calor detectado pelos satélites Terra e Aqua. Com isso, está descartada a possibilidade de registrar outras atividades do campo como limpeza de pastos.

“Dez dias atrás, olhei as imagens dos nosso sensores dos satélites em órbita e eles mostravam claramente os focos de calor separados, com colunas de fumaça enormes saindo daquelas áreas da fronteira agrícola, como Novo Progresso, a região da Terra do Meio, no Pará, e o sudeste do estado do Amazonas”, declarou à Folha de São Paulo Douglas Morton, chefe do Laboratório de Ciências Biosféricas do Centro Goddard de Voo Espacial da NASA, em Maryland, nos Estados Unidos.

Ele descartou ainda a chance de combustíveis atingirem uma altura tão grande. Morton rebateu a argumento de apoiadores de Jair Bolsonaro de que os incêndios da Bacia Amazônia estão dentro da média.

A nota divulgada pelo Earth Observatory da Nasa, diz o pesquisador, está correta. No entanto, mesmo que o ano de 2004 aumente a média, não é possível desconsiderar o aumento em relação aos últimos sete anos. Morton pontua que a última vez que o cenário gerou tanta preocupação foi justamente entre 2002 e 2004, com desmatamento acima dos 20 mil km².
Fonte: Hypeness.com

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