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Tarifaço de Trump: grupo entra com ação judicial para bloquear a aplicação de tarifas; ONU pede revisão

Trump anuncia tarifas recíprocas — Foto: REUTERS/Carlos BarriaTrump anuncia tarifas recíprocas — Foto: REUTERS/Carlos Barria
Trump anuncia tarifas recíprocas — Foto: REUTERS/Carlos Barria

O grupo Liberty Justice Center entrou com uma ação judicial nessa segunda-feira (14) para bloquear as tarifas recíprocas estabelecidas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A ação foi movida no Tribunal de Comércio Internacional dos EUA, para bloquear a aplicação de tarifas abrangentes sobre parceiros comerciais estrangeiros, e argumenta que o presidente ultrapassou sua autoridade.

O grupo agiu em nome de cinco empresas americanas que importam produtos de países alvo das tarifas, segundo a Reuters.

“Nenhuma pessoa deveria ter o poder de impor impostos que têm consequências econômicas globais tão vastas”, disse Jeffrey Schwab, conselheiro sênior do Liberty Justice Center, em nota.

 

“A Constituição dá o poder de definir taxas — incluindo tarifas — ao Congresso, não ao Presidente.”

Além dessa ação, o governo Trump enfrenta uma ação semelhante no tribunal federal da Flórida, onde um pequeno empresário pediu a um juiz para bloquear as tarifas impostas à China.

ONU pede revogação das tarifas para países pobres

Também nesta segunda-feira, a agência de Comércio e Desenvolvimento da ONU (UNCTAD) requisitou ao governo Trump que considere excluir as economias mais pobres das tarifas recíprocas. Segundo a agência, o tarifaço “teria um impacto mínimo nos objetivos da política comercial dos Estados Unidos”.

A UNCTAD diz que a pausa anunciada por Trump na semana passada ofereceu um “momento crítico para considerar a isenção” de economias pequenas e vulneráveis e países menos desenvolvidos “de tarifas que oferecem pouca ou nenhuma vantagem para a política comercial dos EUA, enquanto potencialmente causam sérios danos econômicos no exterior”.

Em um relatório de insights de política, disse que alguns dos países listados entre os 57 parceiros comerciais ameaçados com tarifas recíprocas acima de 10% “são muito pequenos e/ou economicamente pobres, com poder de compra muito baixo”.

“Como resultado, eles oferecem oportunidades limitadas ou inexistentes de mercado de exportação para os Estados Unidos. Concessões comerciais desses parceiros significariam pouco para os Estados Unidos, enquanto potencialmente reduziriam sua própria arrecadação de receita”, disse a UNCTAD.

 

De acordo com os cálculos da ONU, para 36 dos 57 parceiros comerciais listados, as novas tarifas gerariam menos de 1% das receitas tarifárias atuais dos EUA, e vários dos 57 parceiros comerciais alvo de Washington exportam commodities agrícolas que não são produzidas nos EUA — e para as quais há poucos substitutos.

“Exemplos incluem baunilha de Madagascar e cacau da Costa do Marfim e Gana. Aumentar as tarifas sobre esses produtos, embora gere alguma receita, provavelmente resultará em preços mais altos para os consumidores”, disse.

Fonte: G1

Ponto de Vista

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